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Os Estados Unidos se entrincheiram ainda mais no âmbito do comércio internacional, com aquela que deve ser a medida protecionista mais impactante já adotada. O presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira que na semana que vem imporá uma nova tarifa global de 25% para a importação de aço e de 10% para o alumínio comprado de vários países. Para isso, invocará a segurança nacional e a revitalização da indústria nacional.
O Governo federal recebeu a notícia com "enorme preocupação". Caso confirmada, "a restrição comercial afetará exportações brasileiras de ambos setores", informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em comunicado. Na última terça-feira (27), o ministro Marcos Jorge, responsável pela pasta, esteve reunido em Washington com Wilbur Ross, secretário de Comércio dos Estados Unidos, para reiterar que o aço brasileiro não representa ameaça à segurança nacional norte-americana e que as estruturas produtivas siderúrgicas de ambos os países são complementares.
O argumento do Governo é que cerca de 80% das exportações brasileiras de aço são de produtos semi-acabados, um importante insumo para a indústria siderúrgica norte-americana. Paralelamente, o Brasil também é o maior importador de carvão siderúrgico norte-americano (cerca de US$ 1 bilhão em 2017), que constitui insumo relevante para a produção brasileira de aço, parcialmente exportada aos Estados Unidos. "Somos o maior consumidor internacional desse produto norte-americano. Uma eventual aplicação de medida que impacte a nossa produção de aço pode refletir diretamente na nossa necessidade de consumo de carvão mineral", alertou o ministro durante o encontro.
Um dia após anunciar tarifas de importações sobre aço e alumínio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tuitou nesta sexta-feira que"guerras comerciais são boas, e fáceis de ganhar".
Trump disse na quinta-feira que os EUA irão impor tarifas de importação de 25 por cento sobre o aço e de 10 por cento sobre o alumínio para proteger os produtores norte-americano, apesar de autoridades da Casa Branca terem dito mais tarde que alguns detalhes ainda precisam ser definidos.
"Quando um país (EUA) está perdendo vários bilhões de dólares em comércio com praticamente todos os países com que faz negócios, guerras comerciais são boas, e fáceis de ganhar", escreveu Trump no Twitter.
"Por exemplo, quando estamos perdendo 100 bilhões de dólares com um determinado país e eles decidem não fazer mais negócio, nós ganhamos muito. É fácil!".
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