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O ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta quarta-feira, 20, em Nova York, que o maior desastre ambiental da história do Brasil, em Mariana, Minas Gerais, tratou-se de um "acidente", uma "fatalidade". Coelho não citou a responsabilidade da empresa Samarco na tragédia e disse que o desastre reforçou a imagem negativa da população brasileira em relação à mineração.
"Nós tivemos recentemente o desastre de Mariana, que não contribuiu, mas aquilo tem que ser encarado como foi, de fato foi um acidente. Nós temos que trabalhar para que outros não ocorram, mas como uma fatalidade, você não tem controle sobre isso", declarou em Nova York a investidores reunidos em seminário sobre Brasil promovido pelo jornal Financial Times.
Coelho Filho disse à plateia que a mineração é um atividade "mal vista" pelos brasileiros. "Os nossos vizinhos, Argentina, Chile, Peru, Colômbia se orgulham e promovem a atividade mineral".
O ministro não mencionou a negligência da mineradora Samarco, responsabilizada pela tragédia em relatório da Câmara dos Deputados divulgado em 2016 e assinado pelo atual ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
O rompimento de uma barragem da companhia no dia 5 de novembro de 2015 provocou o vazamento de 62 milhões de metros cúbicos de lama, o que matou 19 pessoas, soterrou centenas de casas, deixou milhares desabrigadas e contaminou o Rio Doce
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