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Após o voto do relator do processo contra a chapa Dilma-Temer, ministro Herman Benjamin, que pediu a condenação, os ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga e Tarcísio Neto proferiram seus votos na tarde desta sexta-feira 9 pela absolvição, deixando o placar em 3 a 1 pela salvação de Michel Temer. O ministro Luiz Fux acompanhou o relator.
"Abuso de poder político tem em toda reeleição", disse Napoleão, afirmando que "propinoduto" é "puramente ilacional". Em sua explanação, ele comparou ainda o processo ao pedido de Poncio Pilatos, que recorreu à opinião popular para condenar Jesus Cristo. "Fez democratizar sua decisão. Ouvir a vox populi. Deu no que deu. Perdeu o controle. Não pode conter a fúria do povo".
Já Admar Gonzaga repetiu sua posição exposta durante um debate com Herman Benjamin, de que a ação inicial, apresentada pelo PSDB, só trata de caixa 1 em 2014, e que não há prova robusta de que o dinheiro da Odebrecht para caixa 1 seja ilegal. Ele foi contra a inclusão de provas trazidas pela Odebrecht, pois segundo ele, não constavam na ação inicial. Disse ainda não ver elementos de abuso de poder econômico durante a campanha de 2014.
No retorno do julgamento nesta tarde, o vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, apresentou um pedido para que o ministro Admar Gonzaga seja impedido de participar do julgamento. O motivo, segundo ele, é o fato de Gonzaga já ter atuado como advogado de Dilma Rousseff, ré no processo. Os ministros rejeitaram o pedido por unanimidade.
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