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Uma pesquisa citada pela versão em português do jornal El País, um dos principais da Europa, revela que a rejeição de Michel Temer nas redes sociais já é superior a de Dilma às vésperas do impeachment.
O levantamento da “empresa de inteligência digital Veto”, feito com 30 mil internautas, usuários de Facebook e Twitter, revela que 89% deles tem imagem negativa do governo Temer. E isso independente do perfil político do internauta.
É realmente muito impressionante isso, se considerarmos, de um lado, a blindagem absoluta de Michel Temer na grande mídia brasileira, principal articuladora do golpe no Brasil, e a campanha extraordinária de massacre vivida por Dilma às vésperas das votações do impeachment, tanto na Câmara quanto no Senado.
Os jornalões divulgavam quase diariamente pesquisas que insuflavam o apoio dos brasileiros ao impeachment. A seção política do site da Folha era inteiramente tomada de anúncios e propaganda pró-impeachment.
A pesquisa traz ainda percentuais dos internautas que se consideram de esquerda ou direita: 8% se dizem de esquerda e consideram que houve um golpe, 15% seriam de direita e 77% não tem posição definida.
Aproveitando o ensejo, eu publico abaixo uma pesquisa Datafolha atualíssima, de dezembro do ano passado, que foi escondida pela mídia, sobre mudanças nos perfis ideológicos dos brasileiros.
Em dezembro de 2016, o ano do golpe, o percentual de brasileiros que se consideram de esquerda ou centro-esquerda cresceu de 20 para 26%. Já o percentual que se considera de centro-direita ou direita caiu de 37% paraa 31%. O pico das preferência pela direita aconteceu, ironicamente, em abril de 2003.
E olha que estamos falando do Datafolha, instituição profundamente enviesada pró-direita (apesar dos chiliques ingratos dos radicais do Instituto Millenium).
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