18/10/2016 09:52

A casa caiu! Gilmar autoriza análise de imagens do Congresso em inquérito contra Aécio Neves

3720 visitas - Fonte: Jornal GGN

Jornal GGN - A imprensa só noticiou nesta seguna (17), sem muito destaque, mas há 14 dias, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes autorizou que as imagens internas do Cogresso sejam analisadas, a pedido da Procuradoria Geral da República, para identificação dos servidores que transportaram arquivos da CPI dos Correios de uma sala da comissão para o arquivo do Senado.



Segundo inquérito que tramita contra Aécio Neves (PSDB) no Supremo, foi o tucano quem pediu que 46 de 1 mil caixas fossem transferidos de local com a desculpa de que ele queria acesso a esses arquivos para elaborar sua defesa.



Delator da Lava Jato, o ex-senador Delcídio do Amaral disse aos investigadores que Aécio teria agido para atrapalahar a CPI, que ocorreu entre 2005 e 2006. O tucano teria interesse em ocultar trechos que possivelmente comprovam que dados do Banco Rural foram mascarados para esconder os rastros do mensalão do PSDB.



De acordo com o Estadão, os arquivos só foram transferidos de local no dia em que o Supremo autorizou o inquérito contra Aécio, em 3 de maio.



"O objetivo dos investigadores da Polícia Federal é analisar os vídeos para identificar o servidor responsável por levar as caixas e o itinerário pelo qual passou o carrinho com documentos da CPI. Mendes também mandou que sejam comparados os números das caixas transportadas com os que foram pedidos no ofício encaminhado por Aécio pedindo acesso aos documentos, além de que o Banco Rural apresente cópias de todos os documentos encaminhados a CPI. A decisão do ministro do STF é do dia 4 de outubro, mas só foi publicada hoje."



Delcídio disse um dos emissários de Aécio, na época da CPI, pedindo que prazos fossem prorrogados para que o Banco Rural pudesse trabalhar os dados solicitados pelos parlamentares foi Eduardo Paes, então deputado federal pelo PSDB.



Outro interessado na eventual queima de arquivo é Clésio de Andrade. "Que os dados [da CPI] atingiriam em cheio a pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais", disse Delcídio em sua delação.

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