Dilma: Tentam dar colorido democrático a um golpe

Portal Plantão Brasil
31/3/2016 14:49

Dilma: Tentam dar colorido democrático a um golpe

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990 visitas - Fonte: Brasil247

A presidente Dilma Rousseff iniciou seu discurso durante encontro com intelectuais, artistas e cientistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira 31 lembrando do aniversário do golpe militar no País. "Há 52 anos, um golpe militar foi dado. Eu vivi esse momento e acredito que todos nós aprendemos o valor da democracia", disse Dilma, depois do discurso de dezenas de artistas e intelectuais contra o impeachment.



"Se no passado chamaram revolução de golpe, hoje estão tentando dar um colorido democrático a um golpe que não tem base legal para ser feito", afirmou. Dilma ressaltou que "ninguém tem que ter medo de falar impeachment", que "está na Constituição". "O que a Constituição não autoriza é um impeachment por alguém a quem interessa o impeachment. Para ter impeachment, tem que ter crime de responsabilidade", defendeu.



Dilma afirmou que se sofrer impeachment por conta das 'pedaladas fiscais', "todos os governos anteriores ao meu teriam que ter sofrido impeachment". "Porque todos, sem exceção, praticaram as mesmas coisas que eu pratiquei, e todos com respaldo legal", explicou. Ela lembrou que as pedalas foram usadas para fazer "pagamentos do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida e a redução das taxas de juros para o setor industrial gerar emprego".



"Eu acho que qualquer jurista responsável nesse país responderá com um sonoro 'sim' que o impeachment está previsto na constituição, mas também responderá 'não' para o impeachment sem crime de responsabilidade. O golpe assume uma cara", continuou a presidente. Segundo ela, a palavra "golpe dói demais" para os defensores de sua saída do cargo. Ao comentar os pedidos para que renuncie, disse: "Acham que as mulheres são frágeis". "Nós somos sensíveis, mas não somos frágeis", respondeu.



A presidente também condenou o "fascismo" que vive hoje o País e afirmou que, "sem instabilidade política, é como se a gente se esforçasse, se esforçasse e as coisas não andassem. Precisamos da estabilidade". "Nós temos preconceito, temos que lutar contra ele. Vez ou outra aparece um fundamentalista, o que é grave. Mas o Brasil nunca teve esse lado fascista. Estigmatizar as pessoas pelo que elas pensam?", questionou. "Não se une o país destilando ódio, raiva e perseguição", completou.



Durante a cerimônia, a presidente recebeu dezenas de manifestos contra o golpe.



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