Sergio Moro deflagra Xepa, a fase 26 da Lava Jato

Portal Plantão Brasil
22/3/2016 11:22

Sergio Moro deflagra Xepa, a fase 26 da Lava Jato

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679 visitas - Fonte: Brasil247

Um dia depois de prender o lobista Raul Schmidt em Portugal, o juiz Sergio Moro, do Paraná, deflagrou uma nova fase da Operação Lava Jato, batizada como Xepa.



Aparentemente, é uma referência a informações que teriam sido prestadas por Mônica Moura, esposa do publicitário João Santana.



Cerca de 380 policiais federais cumprem 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, em Brasília, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí e na Bahia.



“Tendo em vista que, em decorrência da análise de parte do material apreendido, descortinou-se um esquema de contabilidade paralela no âmbito do Grupo Odebrecht destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculo direto com o poder público em todas as esferas”, informa nota da PF.



Viaturas da Polícia Federal passaram pelo hotel Golden Tulip, em Brasília, onde se hospedam vários políticos.



“Há indícios concretos de que o Grupo Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos”, diz a PF.



Integrantes da força-tarefa da Lava Jato devem dar entrevista coletiva às 10 da manhã.



Leia abaixo a reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:



Da Agência Brasil



A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (22), a 26ª fase da Operação Lava Jato com foco no grupo Odebrecht. Chamada Xepa, a operação é um desdobramento da 23ª fase e desvendou um esquema de contabilidade paralela no âmbito da empreiteira, para pagamento de vantagens indevidas a terceiros, "vários deles com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas".



As investigações mostram que houve pagamento em espécie a terceiros, indicados por altos executivos do grupo Odebrecht, em várias áreas de atuação do grupo. De acordo com nota da PF, "há indícios concretos de que o Grupo Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos".



As investigações envolvem cerca de 380 policiais federais que cumprem 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco. Estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandados de prisão temporária e 4 mandados de prisão preventiva.



Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 sobre o impacto político da fase 25 da Lava Jato, que atingiu um operador do PMDB:



COMO A FASE 25 DA LAVA JATO AFETA O IMPEACHMENT



A prisão do operador Raul Schmidt em Portugal, na nova fase da Lava Jato, atinge diretamente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); isso porque Schmidt é tido como operador de Jorge Zelada, ex-diretor da área internacional da Petrobras; a chegada de Zelada ao cargo foi relatada por Eduardo Musa, outro delator da Lava Jato; "João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor Internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB/RJ"; Henriques também foi preso na Lava Jato e é citado como outro operador do PMDB; com o maior partido da Câmara atingido, impeachment passaria a ser ação para conter a operação conduzida pelo juiz Sergio Moro; o medo do PMDB de ser atingido em cheio pode paradoxalmente acelerar o processo de um golpe que seria ainda mais desmoralizado aos olhos do mundo



247 - A prisão do operador Raul Schmidt em Portugal, na 25ª fase da Lava Jato, em Portugal, atinge diretamente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que pode conter o avanço do impeachment no Congresso.



Schmidt é tido como operador de Jorge Zelada, ex-diretor da área internacional da Petrobras, e também é seu sócio na TVP Solar de Genebra, na Suíça. No momento da prisão de Zelada, a Lava Jato decretou o bloqueio de ativos de R$ 7 milhões de Schmidt, que estava desaparecido.



A chegada de Zelada ao cargo foi relatada por Eduardo Musa, outro delator da Lava Jato: "João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor Internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB/RJ". Henriques também foi preso na Lava Jato e é citado como outro operador do PMDB.



Jorge Zelada, sucessor de Nestor Cerveró na estatal, é réu na Lava Jato por indícios de ter recebido propina para beneficiar a empresa americana Vantage Drilling no contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer.



Segundo a acusação do Ministério Público, pelo menos 31 milhões de dólares do esquema foram parar nas mãos de Zelada, de Musa e do PMDB, responsável pelo apadrinhamento político do ex-dirigente.



Cunha já foi acusado pelo lobista Julio Camargo de embolsar 5 milhões de dólares em propina em contratos de navios-sonda com a Petrobras.



Com o maior partido da Câmara atingido na Lava Jato, o impeachment passaria a ser ação para conter a operação conduzida pelo juiz Sergio Moro.



Em sua delação, o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) apontou ligação entre o vice-presidente Michel Temer e o lobista João Augusto Henriques e também disse que o peemedebista tinha preocupação com Zelada. O vice rebateu e disse que que sua bioagrafia não seria destruída por ele.



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