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O presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), investigada em um esquema de fraude em merenda escolar em São Paulo, afirmou ao Ministério Público que a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou um contrato com a entidade para forçar o pagamento de propina.
Segundo Cássio Chebabi, em delação premiada, a entidade venceu em 2013 uma chamada pública para fornecer cerca de R$ 8 milhões em suco de laranja para merenda da rede estadual.
Com o contrato cancelado, um dos operadores do esquema, Marcel Ferreira Julio, ligado ao deputado Fernando Capez (PSDB), hoje presidente da Assembleia Legislativa, propôs um “acordo” para destravar o negócio sob pagamento de um percentual.
Apontado pela Operação Alba Branca como intermediário no repasse de propina para Capez, Jéter Rodrigues, ex-assessor do presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), admitiu ter sido procurado pelo lobista para ‘renegociar’ o contrato.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que a segunda chamada pública foi mais vantajosa que a primeira, mas não explicou o motivo técnico do cancelamento.
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