632 visitas - Fonte: Portal Vermelho
A constatação é de matéria publicada no El País, segundo a qual, apesar de o Estado só ter informado a existência de 18 casos, municípios paulistas já notificaram 210 bebês com microcefalia. Destes, 159 nasceram apenas nos meses de novembro e dezembro.
De acordo com a reportagem, o Estado de São Paulo – comandado pelo tucano Geraldo Alckmin – não notifica todos os nascidos com suspeita de microcefalia, como fazem Estados como Pernambuco, Paraíba e Bahia, os três que aparecem com maior incidência de microcefalia. Ao invés disso, São Paulo comunica apenas os casos suspeitos em que a mãe teve alguma indicação de ter contraído o zika vírus.
“O fator pode indicar que a epidemia já chegou a São Paulo, ao contrário do que se imaginava até o momento”, diz El País. Ao não notificar os casos registrados, o governo de São Paulo ignora orientação do Ministério da Saúde, determinando que todos os casos de microcefalia, sem importar qual a causa suspeita, sejam informados.
Isso porque, em 80% dos casos, as pessoas que contraem zika não apresentam qualquer sintoma, nem mesmo manchas vermelhas, que são usadas como critério por São Paulo. Nesse sentido, notificar apenas os casos em que a mãe teve as marcas pode trazer uma enorme subnotificação de casos.
Além do mais, os dados são necessários para que se estude se é mesmo o zika a real e única responsável pelo aumento de casos o país. A falta de padronização na notificação também dificulta a realização dos estudos e das ações de saúde pública a serem tomadas.
Caso tivesse feito a notificação correta, como as demais localidades, São Paulo teria encerrado 2015 como o quarto Estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no país.
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