R$ 400 MIL QUE IRIA PARA ONGS, DEPUTADO É ACUSADO DE EMBOLSAR. E ELE É RISONHO

Portal Plantão Brasil
15/6/2015 19:22

R$ 400 MIL QUE IRIA PARA ONGS, DEPUTADO É ACUSADO DE EMBOLSAR. E ELE É RISONHO

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O Ministério Público Estadual de Sergipe informou nesta segunda-feira (15) que vai processar sete pessoas por envolvimento no esquema de uso irregular das verbas de subvenções da Assembleia Legislativa. Entre os denunciados está o deputado federal Adelson Barreto (PTB), que até ano passado era deputado estadual. Ele é acusado de embolsar R$ 400 mil de um total de R$ 600 mil que ele direcionou para duas entidades. O recurso deveria ter sido utilizado em melhorias para as organizações e em ações sociais. Segundo o promotor Henrique Ribeiro Cardoso, as sete pessoas serão processadas por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O processo relacionado ao parlamentar será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Todo ano cada um dos 24 deputados estaduais tinha direito a direcionar R$ 1,5 milhão para organizações não-governamentais.



Além de Adelson Barreto e do vereador Antonio Arimateia, também foram denunciados por improbidade administrativa na ação movida pelo MPE, o presidente da Associação Musical Lira de Capela, Robério dos Anjos, a engenheira Edilene de Jesus, Lilian Feitosa, diretora de uma empresa de construção civil que emitiu nota fiscal por serviços não realizadas naquela associação, e ainda José Marques Mota Santos, presidente da Associação de Moradores José Augusto dos Santos do município de Muribeca, e o pai dele, José Pedro da Silva, uma liderança comunitária que também presidiu aquela associação de moradores de Muribeca na época em que as verbas de subvenções foram distribuídas. De acordo com o promotor Jarbas Adelino já está em tramitação uma ação de improbidade administrativa contra Adelson Barreto. “Informações do caso foram encaminhadas ao procurador geral da República para que ele adote as medidas necessárias no âmbito criminal”, explicou.



Na coletiva desta segunda, o MP informou que, em depoimento, o vereador Antônio Arimateia (do município de Capela) contou como funcionava o esquema. O promotor Bruno Melo explicou que o deputado destinou R$ 300 mil de verbas de subvenções para a Sociedade Musical Lira Nossa Senhora da Purificação, no município de Capela. “Desses, R$ 200 mil retornaram para o deputado, o presidente da associação recebeu R$ 30 mil e mais R$ 30 mil foram para o vereador. Outros R$ 40 mil foram distribuídos entre a proprietária da construtora e uma engenheira. Apenas da parte que ficou para o presidente foram gastos R$ 3 mil em pintura, ou seja, 99% foram desviados”, disse.



Para Melo, os depoimentos dos envolvidos e as provas coletadas durante a investigação são suficientes para confirmar que o vereador era a pessoa que fazia o intermédio entre o deputado e o presidente da associação, que não tinham contato direto. “O vereador, que era o intermediário, disse que tinha uma quantia em verba e que uma parte deveria retornar para ele. Nós temos as imagens do vereador contando o dinheiro e outra pessoa que trabalha para ele indo sacar. Temos os detalhes contados por todos os envolvidos que confirmam a versão investigada pelo Ministério Público”, destaca o promotor.



Segundo o Ministério Público, os envolvidos terão que devolver os valores recebidos irregularmente. O MP investiga alguns deputados estaduais suspeitos de desviarem verbas de subvenções, que deveriam ser destinadas para instituições filantrópicas, para utilizar em campanhas políticas.



Defesa diz que processará vereador



O advogado de defesa do parlamentar, Emanuel Cacho se pronunciou na tarde desta segunda-feira (15) e negou as acusações. Ele disse que já estava acompanhando o processo da Justiça Eleitoral e aguardava a convocação. “O inquérito já havia sido instaurado pelo Ministério Público e esperamos a convocação para apresentar os fatos. Não existem evidências que Adelson comprou votos, ele nunca comprou votos. De origem humilde, ele sempre realizou um trabalho social. Vamos processar o vereador Antonio Arimateia, que é o responsável por fazer o repasse das verbas em Capela e Muribeca, ele vai ter que provar o que falou na Justiça”, disse.



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