ALCKMIN NÃO NEGOCIA, PROFESSORES PROTESTAM. É A EDUCAÇÃO TUCANA

Portal Plantão Brasil
1/6/2015 15:47

ALCKMIN NÃO NEGOCIA, PROFESSORES PROTESTAM. É A EDUCAÇÃO TUCANA

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Categoria mantém luta por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Greve passa de 80 dias. Governo Alckmin se nega a apresentar proposta e negociar.



Professores do ensino estadual de São Paulo acorrentaram-se hoje (01) às grades da Secretária Estadual de Educação, na Praça da República, centro da capital, em protesto contra a recusa do governo Alckmin em negociar a pauta de reivindicação da categoria.



A greve entra hoje no seu 81º dia, e já é considerada uma das mais longas da história.



Seis professores que estão acorrentados prometem permanecer por tempo indeterminado, ou até que o governo estadual demonstre a intenção de negociar.



José Bonfim, de 55 anos, professor de história na rede estadual há 23 anos, espera que "os acorrentados sensibilizem o governador e faça com que ele dê alguma resposta quanto ao reajuste".



Cristina Ponce, de 52 anos, professora da rede há 20 anos, veio de Tupã, no interior do estado, para participar do protesto, que classifica como uma "medida desesperada".



A presidenta da Apeoesp – o sindicato da categoria – Maria Izabel Noronha, a Bebel, após reunião com o secretário Herman Woorvald, disse que é o governador Geraldo Alckmin quem deve anunciar o índice de reajuste, mas não disse quando.



"Nunca pensei que os professores teriam que usar deste artifício para conseguir negociar com o governo de São Paulo", afirmou Bebel, fazendo referência aos professores acorrentados, acrescentando que o acorrentamento deve prosseguir, bem como as mobilizações às portas da secretaria, que devem ser redobradas, até que o governador divulgue o índice de reajuste.



Na reunião com o secretário, a presidenta da Apeoesp esteve acompanhada de pais de alunos da rede estadual, para confirmar, junto às autoridades do estado, a greve que insistem em dizer não existir.



A categoria reivindica equiparação do salário dos docentes ao das demais categorias que exigem formação superior, com base na chamada Lei do Piso, o que representa uma defasagem de 75,33% nos salários e que está sendo reivindicada na atual campanha, além da reabertura de classes fechadas, da regularização dos professores temporários e da realização de novos concursos.



Até o momento, o governo resiste em apresentar um percentual de reajuste dos salários, e diz que tal negociação acontecerá apenas em julho, buscando enfraquecer o movimento.







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