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Oferta pública inicial de ações (IPO) da Caixa Seguradora deve ser feita ainda este ano. Foto: Ichiro Guerra/PR
A Caixa Econômica Federal continuará a ser uma empresa 100% pública, garantiu nesta quarta-feira (8) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. A afirmação foi feita quando o ministro anunciou, ao lado da presidenta da Caixa, Miriam Belchior, que o governo pretende realizar, ainda neste ano, a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguradora, uma unidade do banco estatal. A medida não atingirá as demais atividades do banco.
A Caixa Econômica continuará sendo uma empresa 100% pública, mas a atividade de seguros, nós vamos modificar, de maneira que se abra o capital”, afirmou o ministro na ocasião. “Se pudermos, vamos fazer ainda este ano. A intenção está estabelecida”. A presidenta da Caixa informou que, para esse estudo, o governo vai convidar os principais bancos de investimentos atuantes no País “para discutir conosco e fazer esse estudo de viabilidade, para podermos decidir pela abertura ou não do capital em relação ao negócio seguros”.
Segundo Levy, os objetivos da medida são muito claros: uma possibilidade de aumentar a presença da Caixa Econômica em um segmento importante. “E também, evidentemente, a gente aproveitar a vitalidade do nosso mercado de capitais. Nós já temos outras experiências, como foi feito com o Banco do Brasil, o BB Seguros, que demonstrou ser um grande sucesso”, comparou.
O ministro da Fazenda destacou que ainda não é possível avaliar o impacto positivo da operação no superávit primário. Mas, se o resultado do IPO da Caixa Seguradora indicar que o negócio tem valor acima do registrado contabilmente, essa renda adicional será tributada e terá efeito positivo na arrecadação.
Para a presidenta Miriam, a Caixa, pela natureza dos serviços que presta, especialmente ao governo, é uma empresa de natureza pública. “Mas, para nós, termos uma avaliação de que o negócio de seguridade tem um enorme potencial futuro, muito pelo momento que o País vive. Com aumento de renda, esse passou ser um bem que pode usufruído pela maioria da população, então ele tem um potencial de crescimento muito grande e a Caixa quer estar bem posicionada para aproveitar esse momento”, disse.
Ela explicou que a Caixa tem uma enorme capilaridade, é o terceiro banco em ativos do País. Segundo ela, a instituição aumentou muito sua capilaridade tanto através das agências próprias, quanto dos correspondentes bancários. “Um espaço importante de chegar muito próximo de todos os interessados em fazer seguros no País e acho que temos um potencial de posicionar bem nesse setor”.
Já o ministro Levy reforçou que o lançamento das ações da Seguradora da Caixa na bolsa pode melhora a segurança das operações. “Toda vez que a gente faz um movimento assim, se aumenta a governança, se aumenta a transparência, reforça o mercado de capitais, se abre oportunidade de as pessoas investirem. E a Bolsa de Valores, os fundos de investimentos que investem em ações, são todos mecanismos muito importantes para as pessoas terem sua poupança de longo prazo”.
Por fim, a presidenta da Caixa enfatizou: “Queria reafirmar a importância desse mercado para a Caixa. É um negócio importante para expansão do banco”.
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