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Os presidentes do PT, Rui Falcão, e do PCdoB, Renato Rabelo, coincidem na avaliação de que a esquerda tem de estar unida para evitar retrocessos políticos no Brasil, para assegurar o mandato da presidenta Dilma Rousseff e garantir um "projeto de desenvolvimento" e de redução da desigualdade no país. Os dois participaram ontem (31) à noite de plenária de movimentos sociais, em São Paulo, durante a qual também foram feitas menções à passagem de 51 anos do golpe que derrubou o presidente João Goulart. Falcão citou projetos em tramitação no Congresso e acenou com uma possível retomada de negociação sobre o fim do fator previdenciário, uma das reivindicações das centrais sindicais.
"Com muita paciência, abnegação e tolerância, temos de abrir mão de pequenas divergências que possam existir entre nós. E construir uma grande frente democrática", afirmou o presidente do PT. Para ele, "toda a esquerda e o movimento social estão sob ataque neste momento".
Ele afirmou que o partido está orientando os parlamentares da bancada a defender o Projeto de Lei Complementar (PLP) 130/2012, que institui o imposto sobre grandes fortunas. E também a apoiar o Projeto de Lei do Senado (PLS) 141/2011, com regras sobre direito de resposta na mídia. Falcão voltou a defender a proposta de acabar com o fim do financiamento privado em campanhas eleitorais.
Para Falcão, a extinção do fator previdenciário deve voltar à mesa de negociação. "A presidenta se comprometeu a constituir uma mesa tripartite", comentou, admitindo a possibilidade de novamente se discutir a fórmula conhecida como 85/95 (somas do tempo de contribuição e da idade da mulher e do homem, respectivamente).
O presidente do PT vê o Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, prestes a ser votado na Câmara, como uma ameaça a "boa parte" das conquistas trabalhistas. E viu o evento de ontem como um "esquenta" para um 1º de Maio unificado de grande porte.
Já Rabelo disse que o país está diante "de uma grande investida para levar ao retrocesso". "A esquerda tem de se unir agora, mas tem de ir mais adiante", afirmou o presidente do PCdoB. A primeira preocupação, segundo ele, é assegurar o mandato de Dilma.
O dirigente citou ainda a necessidade de defender a Petrobras e garantir a retomada dos crescimento, com manutenção de direitos trabalhistas. Sobre a corrupção, afirmou que foram as gestões de Lula e de Dilma que garantiram "que se apurassem esses ilicítos" – e que a investigação não pode ser dirigida contra um partido (referindo-se ao PT), nem contra a esquerda em geral. "Tem de haver apuração isenta."
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