TUCANADA: FOTÓGRAFO DE BETO RICHA, PRESO POR PEDOFILIA, FAZ DELAÇÃO PREMIADA E ENTREGA O CAIXA 2 DO CHEFE

Portal Plantão Brasil
30/3/2015 14:16

TUCANADA: FOTÓGRAFO DE BETO RICHA, PRESO POR PEDOFILIA, FAZ DELAÇÃO PREMIADA E ENTREGA O CAIXA 2 DO CHEFE

Ex-assessor disse em depoimento que Abi era o 'grande caixa financeiro'. Abi foi denunciado pelo MP-PR por chefiar fraudes em licitação do governo.

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2719 visitas - Fonte: G1

O governador Beto Richa (PSDB) negou nesta segunda-feira (30) que o empresário Luiz Abi Antoun, ao qual ele tem grau de parentesco, era responsável pela arrecadação de dinheiro em suas campanhas eleitorais. Antoun foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) como chefe de um suposto esquema de fraude em licitações para o conserto de carros oficiais do Governo do Paraná.



“[Antoun] nunca foi [responsável pela arrecadação de dinheiro para campanhas]. Nós temos um comitê financeiro, um comitê de captação de recursos, e ele nunca fez parte. Tudo isso está registrado, não temos o que temer em relação a essa situação. Ao contrário, queremos que isso seja resolvido o mais rápido possível”, disse Richa, em entrevista coletiva durante a posse de dois novos diretores do Banco Regional de Desenvolvimento, em Curitiba.



Luiz Abi Antoun foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina, no norte do estado, no dia 16 de março junto com outras três pessoas por participação no esquema de fraude em licitações. Ele foi solto no dia 23 de março após a Justiça conceder um habeas corpus.



Em depoimento ao MP-PR, o fotógrafo e ex-assessor do governo do Estado Marcelo Caramori afirmou que Antoun era o “grande caixa financeiro” nas campanhas de Richa. O fotógrafo foi preso por duas vezes, sendo uma por exploração sexual de menores e outra por estupro de vulnerável por se tratar de uma menina menor de 14 anos. Ele foi solto em março, e responde em liberade após fazer um acordo para auxiliar nas investigações do Gaeco.



Richa questionou se Caramori teria "credibilidade para falar alguma coisa", e informou que todos os recursos de campanha foram registrados de forma lícita. "Sempre tive, como nessa última eleição, as minhas contas aprovadas pelo TRE [Tribunal Regional Eleitoral]”, afirma o governador.



Em nota divulgada no site, o PSDB afirmou que todas as doações para a campanha de Beto Richa ocorreram dentro da legalidade e foram apresentadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.



O partido rechaçou as declarações de Marcelo Caramori sobre as finanças da campanha do ano passado, e ressaltou que Luiz Abi Antoun não tratou de arrecadação financeira para a campanha. Essa tarefa, de acordo com a nota, era de responsabilidade do comitê financeiro. O partido afirma que vai processar judicialmente Marcelo Caramori.



O advogado de Luiz Abi Antoun não foi localizado pelo G1 para falar sobre o assunto. Já o advogado de Marcelo Caramori, Leonardo Viana, informou que não vai comentar sobre o caso.



Operação Voldemort



O MP-PR denunciou à Justiça, na sexta-feira (27), Luiz Abi Antoun e outras seis pessoas pelos crimes formação de organização criminosa, falsidade ideológica e fraude à licitação. Todos já tinham sido indiciados pelo Gaeco na quarta-feira (25).



A denúncia faz parte da Operação Voldemort, que investiga um suposto esquema de fraude em licitações para prestação de serviços de manutenção aos veículos oficiais do Estado do Paraná na região de Londrina.



Ainda conforme a promotoria, Antoun coordenou o grupo entre o início de 2013 e março de 2015. Na denúncia, o Gaeco relata que a Oficina Providence Auto Center, de Cambé, no norte do Paraná, contratada emergencialmente, foi constituída em nome de um “laranja” de Abi Antoun.



O MP-PR aponta que, ao fim do contrato emergencial, uma outra empresa venceu a licitação do Governo do Estado para prestar os serviços de manutenção nos automóveis. Para a promotoria, os suspeitos entraram em um acordo com os donos da firma contratada para que a mesma subcontratasse a Providence.



Isso foi feito, de acordo com o MP-PR, para permitir “a continuidade da atividade para a qual a oficina foi contratada emergencial e ilegalmente e, de consequência, a permanência do sistema de enriquecimento ilícito concebido pelo grupo”.



O grupo contava ainda, segundo o inquérito do Gaeco, com o apoio de um empresário, responsável por intermediar o contato entre os denunciados e por fornecer orientação aos demais envolvidos sobre como proceder na consecução dos crimes.



Conforme as investigações, um advogado também auxiliava dando suporte jurídico e aparência de legalidade a todos os atos, inclusive com a fabricação de documentos e com a simulação do processo de dispensa de licitação que culminou com a contratação da Providence.



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