DILMA NO SUL: 'NINGUÉM TEM QUE CONCORDAR COM TUDO'

Portal Plantão Brasil
20/3/2015 20:14

DILMA NO SUL: 'NINGUÉM TEM QUE CONCORDAR COM TUDO'

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330 visitas - Fonte: Brasil 247

Ao participar de um evento agrícola em Eldorado (RS), a presidente Dilma Rousseff voltou a falar sobre o delicado momento político que o País atravessa; "Ninguém tem que concordar com tudo. Queremos diálogos, sugestões e retorno sobre o que dá certo. Nada nasce pronto. Tudo é fruto do esforço", afirmou; ela defendeu ainda o ajuste fiscal, disse que o desequilíbrio da economia é momentâneo e afirmou que o Brasil tem um seguro contra crises externas; "No passado, quando tínhamos qualquer crise, o Brasil quebrava, não tinha dinheiro para pagar as contas. Temos US$ 375 bilhões"; no evento, ela defendeu a agricultura familiar e destacou uma posição do líder do MST, João Pedro Stédile; segundo ela, a agricultura familiar no Brasil pode ser, também, um "alto negócio"



Diante do desafio de recuperar níveis mais satisfatórios da aprovação popular, a presidente Dilma Rousseff intensificou o ritmo de viagens pelo País. Um dia depois de lançar um projeto de mobilidade urbana em Goiás, ela veio ao Rio Grande do Sul. Desta vez, para participar de um evento agropecuário, na cidade de Eldorado (RS), onde o destaque foi a apresentação do "arroz ecológico".



Na feira agrícola, a presidente Dilma voltou a defender a necessidade de diálogo. "Ninguém tem que concordar com tudo. Queremos diálogos, sugestões e retorno sobre o que dá certo. Nada nasce pronto. Tudo é fruto do esforço", disse ela, ao lado do governador José Ivo Sartori, do PMDB.



Dilma voltou, também, a defender o ajuste fiscal. "O nosso desequilíbrio é momentâneo. Aprovando o ajuste (fiscal), saímos no curto prazo. Ajustar é dar vida. estamos ajustando porque o Brasil tem que crescer", afirmou. Ela também enfatizou que, hoje, o Brasil dispõe de um 'seguro' contra crises internacionais. "No passado, quando tínhamos qualquer crise, o Brasil quebrava, não tinha dinheiro para pagar as contas. Temos US$ 375 bilhõesde reservas. Os movimentos do mercado internacional encontram um bloqueio, uma redução de impacto, por isso que eu falo: somos um país equilibrado na base".



No evento, a presidente também defendeu a agricultura familiar. "É possível, sim, desenvolver uma agricultura familiar de alta qualidade, beneficiando aqueles que não tinham terra. Essa é uma experiência que deu certo". Ela também fez uma referência ao líder do MST, João Pedro Stédile, e disse que a agricultura familiar no Brasil pode ser um "alto negócio".



Abaixo, reportagem da agência Reuters sobre o evento:



Dilma: contingenciamento do Orçamento será "significativo" para cumprir meta do primário



(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que fará um contingenciamento "significativo" do Orçamento da União neste ano para garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), admitindo que o país está com desequilíbrio fiscal.



"Esta semana foi aprovado o Orçamento, agora, assim que sancionado, nós vamos... fazer o contingenciamento, que será significativo, não vai ser um pequeno contingenciamento", disse a presidente a jornalistas em Eldorado do Sul (RS), após participar da Abertura da Colheita do Arroz Ecológico.



Dilma reforçou que a aprovação do ajuste fiscal é imprescindível para a economia do país. Segundo ela, quanto antes isso for feito, mais rápido governo e economia sairão do período de restrição.



"É fundamental que nós tratemos do contingenciamento, porque nós temos um objetivo. Qual é o nosso objetivo? É fazer 1,2 por cento de superávit primário. Para fazer isso, nós contamos com as medidas que nós enviamos ao Congresso e também com um processo de redução dos nossos gastos", disse.



"Nós, de fato, temos um desequilíbrio fiscal... nós absorvemos uma parte grande, uma parte imensa da crise que nos atingiu nós absorvemos no Orçamento", argumentou. "Não estamos ajustando porque gostamos de ajustar."



O ajuste fiscal proposto pela presidente, porém, tem enfrentado resistências dos aliados no Congresso, dos movimentos sociais e do próprio PT. Os aliados contestam a falta de clareza dos ajustes e de uma estratégia de médio e longo prazos para que o país volte a crescer.



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também contesta a estratégia adotada por Dilma para fazer o ajuste, porque ela não explica aos eleitores porque é necessário fazê-lo.



Já os petistas e os movimentos sociais contestam as áreas escolhidas para os cortes, como benefícios trabalhistas e previdenciários, que ainda precisam ser aprovados no Congresso.



O cenário para aprovação das medidas de ajuste fiscal no Congresso se torna ainda mais difícil porque Dilma enfrenta uma forte crise política com a base aliada, com o maior partido da coalizão no Parlamento, o PMDB, irritado com o tratamento dispensado por ela e pressionando por mudanças no ministério.



"Esse momento de dificuldade é passageiro, conjuntural. Tem gente no Brasil que aposta no quanto pior melhor", reclamou Dilma, que é acusada pela oposição de estelionato eleitoral, por ter dito na campanha eleitoral que o país não precisava de um forte ajuste fiscal.



Como já havia feito em pronunciamento na TV neste mês, Dilma fez um apelo por união. "Só podemos superar essa situação momentânea de dificuldades juntos."



Pouco antes de discursar, Dilma ouviu duras críticas ao ajuste fiscal do líder nacional do MST, João Pedro Stedile, em mais uma amostra das dificuldades políticas de se aprovar integralmente as medidas no Congresso, o que pode colocar em risco o cumprimento da meta de superávit primário.



"Não basta querer acertar o Orçamento da União apenas cortando gastos social, como está lá o ministério da Educação com 30 por cento a menos, ou cortando as moradias, que faz seis meses que não fazem um novo contrato e dizer que tem que cortar seguro desemprego, seguro daqui, seguro dali", atacou Stedile, que o MST fará uma manifestação em 7 de abril.



"Nós queremos o equilíbrio fiscal, mas achamos que quem tem que pagar as contas não é o trabalhador, são os ricos e milionários", acrescentou.





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