20/3/2015 19:59

‘GOVERNO NÃO CONSEGUE EXPLICAR MEDIDAS DO AJUSTE’

310 visitas - Fonte: Brasil 247

"Nenhum governante deve gostar mesmo de tomar medidas antipáticas sabendo que pagará o custo da impopularidade", afirma Tereza Cruvinel, em seu blog no 247, ao relembrar da frase "não faço porque gosto", dita hoje por Dilma durante evento com o MST; "O problema", continua Tereza, "é que o governo não conseguiu até agora explicar as medidas relacionadas com direitos trabalhistas e previdenciários que compõem o ajuste fiscal, que é mais amplo"; mal explicadas, as restrições de acesso ao seguro-desemprego e à pensão por morte "afetaram diretamente a base social do governo: sindicatos e centrais sindicais, trabalhadores de baixa renda, a emergente Classe C. Deu no que deu. Parte do andar de baixo marchou com o andar de cima na avenida Paulista", analisa a colunista; leia a íntegra



O governo tem sérias dificuldades para explicar algumas das medidas do plano de ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. Especialmente as relacionadas aos direitos trabalhistas e previdenciários, as primeiras a serem anunciadas e que afetam diretamente a base social do governo: sindicatos e centrais sindicais, trabalhadores de baixa renda e a emergente classe C.



A análise é da jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247. Ela acredita que "nenhum governante deve gostar mesmo de tomar medidas antipáticas sabendo que pagará o custo da impopularidade", ao resgatar a frase "não faço porque gosto", dita hoje pela presidente durante evento com o MST no Rio Grande do Sul, mas defende ser necessário explicar as medidas. O resultado desse problema, segundo ela: "Parte do andar de baixo marchou com o andar de cima na avenida Paulista" no último domingo.



Tereza explica e exemplifica as duas medidas e lembra que o objetivo do governo é "fechar a torneira", mas não diminuir os direitos da população. As explicações para as mudanças não são ditas, porém, nem pelas centrais sindicais, nem pelos aliados nem pela oposição. "Nem Dilma, nem ministros, nem parlamentares aliados" conseguiram explicá-las, critica. "Enquanto isso, nas ruas, as pessoas continuam repetindo, sem saber o que estão dizendo, que a malvada Dilma está acabando com o seguro-desemprego e com a pensão das velhinhas do INSS".



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