BC: SISTEMA BANCÁRIO TEM ROBUSTEZ PARA SUPORTAR IMPACTOS DA LAVA JATO

Portal Plantão Brasil
19/3/2015 20:11

BC: SISTEMA BANCÁRIO TEM ROBUSTEZ PARA SUPORTAR IMPACTOS DA LAVA JATO

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Afirmação foi feita pelo diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, após o BC indicar em relatório que a operação desperta atenção sobre eventuais efeitos na capacidade de pagamento dos tomadores de crédito; em coletiva de imprensa, Meirelles disse que a investigação, que apura esquema de desvios milionários na Petrobras, merece atenção e monitoramento permanente do BC pelo fato de ser uma "operação de porte, que atinge setor relevante do ponto de vista econômico"



O sistema bancário brasileiro tem robustez para suportar eventuais impactos da Lava Jato, afirmou o diretor de fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, após o BC indicar em relatório que a operação desperta atenção sobre eventuais efeitos na capacidade de pagamento dos tomadores de crédito.



Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, Meirelles disse que a investigação, que apura esquema de desvios milionários na Petrobras, merece atenção e monitoramento permanente do BC pelo fato de ser uma "operação de porte, que atinge setor relevante do ponto de vista econômico".



Apesar de reconhecer que o impacto exato da Lava Jato só será conhecido à frente, Meirelles afirmou que a autoridade monetária tem confiança de que as condições do sistema bancário brasileiro se encontram em situação robusta para suportá-lo.



"Temos bastante segurança da capacidade do nosso sistema financeiro de absorver eventuais impactos", disse.



Em Relatório de Estabilidade Financeira divulgado nesta quinta, o BC apontou uma tendência de manutenção da resiliência do sistema de crédito na perspectiva agregada, mas indicou que o "acesso mais restrito a financiamentos pelas empresas investigadas no contexto da Operação Lava Jato e seus fornecedores, bem como indefinições quanto às condições e custos de oferta de energia elétrica e de água, ensejam atenção relativamente aos seus impactos potenciais sobre a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito".



No documento, o BC avaliou que "o sistema financeiro nacional, em geral, encontra-se com adequado nível de provisões" para o risco de crédito.



Segundo o BC, o sistema bancário brasileiro seguiu apresentando baixo risco de liquidez e elevada solvência no segundo semestre de 2014, apesar de cenário marcado por ambiente externo complexo e com desafios fiscais no lado doméstico.



"O risco de liquidez de curto prazo do sistema bancário brasileiro, que já se apresentava em baixo patamar, reduziu-se ainda mais no segundo semestre de 2014, evento fortemente influenciado pela elevação do estoque de ativos líquidos nas instituições financeiras", trouxe o documento.



A autoridade monetária indicou que o Índice de Liquidez do sistema passou a 2,02 no segundo semestre, ante 1,71 na primeira metade do ano. No relatório anterior, o BC havia publicado um índice de liquidez de 1,51 para o primeiro semestre.



Quanto ao mercado de crédito à pessoa física, o relatório assinalou que pesquisa realizada em dezembro pelo BC mostrou uma potencial redução na oferta de empréstimos em função da preocupação com o nível de emprego e com as condições salariais.



"Tais elementos podem impactar de forma mais acentuada a concessão e os riscos de crédito nas carteiras de crédito para pessoas físicas no início de 2015 e seus desdobramentos devem ser observados ao longo do ano", disse o BC.



Na véspera, o Ministério do Trabalho divulgou que o Brasil perdeu 2.415 vagas formais de trabalho no mês passado, no pior resultado para meses de fevereiro desde 1999, após o registro de 81,8 mil demissões líquidas em janeiro.



SHADOW BANKING



Nesta quinta, o BC também divulgou pela primeira vez uma estimativa do "shadow banking" brasileiro, expressão que define o sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do sistema bancário tradicional.



Em dezembro de 2013, o shadow banking amplo no Brasil somou 2,6 trilhões de reais, equivalente a 1,8 por cento da estimativa para o shadow banking global. O shadow banking estrito, por sua vez, alcançou 382 bilhões de reais.



Na avaliação do BC, não há riscos relevantes para o sistema bancário decorrentes do shadow banking no país.



"Considerando a medida estrita, existe baixa probabilidade de contágio, tendo em vista que as aplicações dos bancos em ativos financeiros das entidades shadow banking representam apenas 0,6 por cento de seus ativos financeiros, e as captações bancárias junto a estas entidades, em relação aos mesmos ativos financeiros, representam apenas 2,4 por cento", disse.



Acerca dos testes de estresse conduzidos no segundo semestre de 2014, o BC informou que o sistema bancário nacional mostrou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários adversos, bem como mudanças abruptas nas taxas de juros, de câmbio, na inadimplência ou nos preços dos imóveis residenciais.





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