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A equipe de Reportagem do Brasil Noticias com sede em Brasília desvendou um mistério que envolve o Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB. Segundo levantamento dos Repórteres Pio Redondo e Naedson Martins do Brasil Notícias, o Governador do PSDB foi financiado por empresas de paraísos fiscais ou "off-shore".
Tudo começa com a empresa Ase Participações e Investimentos de Elza Cristina de Araújo dos Santos. A empresa fundada em maio de 2013, fica localizada no Edifício 5 ª Avenida, à rua Arthur Jorge 1.906, 9º andar, em Campo Grande (MS), a empresa de "investimentos" doou R$ 480 mil à campanha de 2014 do então Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB.
Entenda o caso
Elza Cristina de Araújo dos Santos, irmã, sócia e secretária do multimilionário empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, cuja família possui 50% da empresa de coleta de lixo de Campo Grande, além de uma lista de fazendas de vulto, é proprietária de uma empresa que tem sociedade com um truste, que possui ramificações nos mais afamados paraísos fiscais do mundo.
Elza Araújo é sócia da Kamerof Participações e investimentos Ltda, irmã siamesa da Ase. A Kamerof fica sediada no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, CNPJ 9.232.498/0001-92, criada em outubro de 2007 em sociedade com a sócia minoritária Alda Rangel de Oliveira. À época, o capital da empresa era de R$ 10.000,00, dos quais Elza possuía 99,5% das cotas.
Por um intricado rol de associações, comumente usado em casos de lavagem de dinheiro, em maio de 2009 a Kamerof ligou-se à empresa holandesa Arklyleius Holdings, que não só assumiu o lugar de Alda Rangel, mas passou a ser a controladora de 99,5% das cotas que pertenciam à sócia/secretária de Amorim.
Apesar das alterações contratuais, Elza Araújo manteve o controle administrativo da Kamerof, por meio de outorga da sócia holandesa.
A Arklyleius, por sua vez, é controlada por outra empresa sedida em Londres, que opera em 41 países e paraísos fiscais conhecidos, como Luxemburgo, Curaçao, Ilhas Cayman, Ilhas Virgens Britânicas, Bahamas, Barbados, Malta, Maurício, Índia, Singapura, Hong Kong, Suíça ou Holanda (veja mapa).
A holding é subordinada a uma fundação holandesa, a Stichting van Shelling que, por sua vez, é controlada pela empresa inglesa dos paraisos fiscais. Trata-se da Amicorp Directors Limited, que pertence à Amicorp Trust.
As sedes da Amicorp e da Arklyleius na capital da Holanda, Amsterdan, ficam exatamente no mesmo endereço, segundo documentos oficiais obtidos pelo Centro-Oeste Popular e o site Brasil Notícia.
Ambas se situam no monumental conjunto de edifícios do Word Trade Center de Amsterdan: ‘AmicorpNetherlands, WTC Amsterdam, Tower C-11 Strawinskylaan 1143 1077 XX’.
Embora a Arklyleius tenha o CNPJ 10.544.712/0001-25 no Brasil, a Receita Federal, de acordo com a legislação, a reconhece como empresa sediada no exterior: ‘Data da abertura 19/12/2008; Status da empresa –Ativa; Natureza jurídica 221-6 - Empresa Domiciliada no Exterior; Endereço STRAWINKYLAAN 1143, S/N’.
Em busca de esclarecimentos, a reportagem do Brasil Notícia tentou contato com Elza Araújo na sede da Proteco, e ali foi informada que a sócia/secretária de João Amorim não comparece à empresa com regularidade. Não foi fornecido e-mail ou telefone pessoal para contato.
O caso do empreiteiro João Amorim e sua irmã Elza Cristina muito se assemelha ao caso da Empreiteira Queiroz Galvão que mantinham contas bancárias secretas no HSBC de Genebra, na Suíça, usavam empresas em paraísos fiscais para administrar o dinheiro, no qual resultou no maior escândalo financeiro mundial, conhecido pelos internautas como "Suiçalão".
Abaixo o documento que comprova o financiamento de campanha por parte da empresa apontada por lavar dinheiro

O Governador do PSDB, Reinaldo Azambuja também recebeu financiamento de campanha de um esquema semelhante a este, só que do banqueiro André Esteves, um dos empresários mais ricos do País, dono do BTG Pactual.
Reportagem deste fim de semana dos jornalistas Murilo Ramos, Thiago Bronzatto e Diego Escosteguy, publicada na revista Época, acusa o BTG de pagar uma propina de R$ 6 milhões, usando os serviços do doleiro Alberto Youssef, para vender uma rede problemática de distribuição de combustíveis à BR Distribuidora.
A acusação partiu do próprio Youssef, em sua delação premiada, obtida por Época.
300 mil reais irrigado na campanha de Azambuja

Reinaldo Azambuja pode ser cassado por supostamente ter organizado uma ação de mecanismos que permitiriam a ocultação da origem criminosa desses recursos e o financiamento ilícito da sua eleição.
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