LAVA JATO: PRIMO DE AÉCIO É PADRINHO POLÍTICO DE YOUSSEF E PAULO ROBERTO

Portal Plantão Brasil
10/3/2015 11:55

LAVA JATO: PRIMO DE AÉCIO É PADRINHO POLÍTICO DE YOUSSEF E PAULO ROBERTO

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Francisco Oswaldo Neves Dornelles, o primo de Aécio Neves



Iniciou sua carreira de administrador e político trabalhando com seu tio, Tancredo Neves, na Secretaria de Finanças de Minas Gerais em 1959. Durante o período de Tancredo como primeiro-ministro do país, foi seu secretário particular. Especializou-se em finanças públicas e tributação com cursos no exterior. Foi secretário da Receita Federal em 1979 e em 1985 ministro da Fazenda escolhido pelo presidente eleito indiretamente Tancredo Neves e mantido por José Sarney que acabaria por assumir o cargo de presidente.



Elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1986, sendo reeleito por mais quatro vezes seguidas. Disputou a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro em 1992, obtendo o 7º lugar. Foi também ministro da Indústria e Comércio e ministro do Trabalho no Governo FHC. Em 2006 foi eleito senador da República pelo estado do Rio de Janeiro, tendo com primeiro suplente Péricles Olivier de Paula.



Entre 2004 e 2013 presidiu o Partido Progressista (PP), sigla que pertence desde 2003, e hoje é presidente de honra. Na lista do petrolão o PP foi campeão e até Agnaldo Ribeiro tá na rede



Dornelles Transmitiu a Presidência do partido ao também implicado na Lava Jato, o senador Ciro Nogueira. Antes foi filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL; 1987-1993); Partido Democrático Social (PDS; 1993); PPR (1993-1995) e PPB (1995-2003). É sobrinho do político Ernesto Dornelles (primo de Getúlio Vargas) no lado paterno e do político Tancredo Neves no lado materno. Hoje Dornelles é vice do Governador do Rio de Janeiro, "O Pezão", envolvido também na Lava Jato. Costa diz que Cabral e Pezão receberam R$ 30 milhões para caixa 2



De acordo com a investigação, o esquema organizado pelo PP começou em 2004 – ocasião em que Dornelles presidia o PP, no qual emplacou Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da estatal – e funcionou ao menos até março de 2014, quando a Operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal com a prisão do doleiro Alberto Youssef em um hotel em São Luiz (MA) reduto da família Sarney, ex-vice de Tancredo Neves, Tio de Dornelles e avô de Aécio Neves. Doleiro preso em SL e o pagamento de dívidas do governo do Maranhão



Início



A força motriz por trás da alavancada na carreira de Youssef é explicada pela amizade que mantinha com José Janene (falecido), ex-deputado, e tesoureiro do PP na gestão Dornelles. A aproximação dos dois e o resultado na carreira de Youssef foi citada por várias pessoas que tinham proximidade com o doleiro. Janene é tido como um dos políticos mais poderosos de sua época, com influência na região de Londrina e no Congresso, cidade de Youssef, foi através de Janene que Dornelles conheceu o doleiro. Em Londrina Janene e Youssef foram parceiro político de Antonio Belinati.



Esquema



Nascido em Campo Grande no Estado do Mato Grosso do Sul, Belinati é radialista. Se Belinati era o político e até hoje os "Belinatti" mandam em Londrina, Janene era o cérebro por trás. E Youssef seria o funcionário que operacionalizava e lavava o dinheiro. Juntos eram quase imbatíveis. “Hoje, vendo as notícias, imagino que é claro que esse último grupo do Beto [Youssef] estava ligado ao Zé [Janene], porque são pessoas que serviam a bancada do partido do PP todo praticamente. É claro que era através do Zé que eles se conheciam”, afirma Stael Fernanda Janene, ex-esposa do político. Ela faz uma referência ao esquema de desvios da Petrobras – e que abasteceu, em parte, parlamentares do PP.



Belinatti do PP



Nos dias 21 e 22 de junho de 2000, a Câmara Municipal de Londrina votou processo de cassação contra Belinati, acusado de utilizar recursos do município em gastos com publicidade para e promoção pessoal. Á época, a Justiça já havia afastado o prefeito sob acusação de participar de licitações fraudulentas, calculadas em mais de R$ 212 mil.



Já o Cogefi (fundo criado por Belinati para desenvolver diversos projetos na cidade), onde Belinati é acusado de desviar R$123 milhões para campanhas eleitorais em 1998 do então governador Jaime Lerner, do seu irmão, o deputado estadual Antonio Carlos Belinati, e do deputado federal Alex Canziani onde foram amplamente noticiados.



Em 2000, Belinati é afastado do cargo de prefeito e chegou a ser preso duas vezes, passando 10 dias na cadeia, por ter sido considerado o chefe da quadrilha que teria saqueado os cofres públicos em R$200 milhões.



Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal Nacional, The Washington Times, Veja, Época, Bom Dia Brasil – Belinati se torna notícia nacional e internacional com os escândalos de corrupção. Segundo os promotores, Belinati formou uma verdadeira quadrilha agrupando diversos secretários e assessores "para o fim de cometerem crimes diversos, especialmente peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica".



Ainda em 2000, foi expulso do PFL, retornando em 2001 ao seu programa de rádio.



Condenação de Belinatti



O ex-prefeito foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça, decisão tomada a partir de uma ação apresentada pelo Ministério Público (MP) em 2000.



A ação aponta que Belinati e outros 12 réus montaram um esquema de contratações fictícias pela Autarquia Municipal de Ambiente (AMA) para a compra de materiais como lixeiras, bancos de estrutura metálica e sacos de cal em 1999. Esses produtos jamais foram entregues. Na época, ainda conforme a decisão, a autarquia pagou R$ 212.479,00 pelas mercadorias. De acordo com a Justiça, o valor foi desviado e destinado para cobrir despesas de campanhas eleitorais de aliados a Antônio Belinati.



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