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Depois de sancionar a lei que transforma em crime hediondo o feminicídio, a presidente Dilma Rousseff falou sobre os movimentos de grupos oposicionistas, que desejam seu impeachment; "Impeachment está na lei. Agora, uma coisa é impeachment, outra coisa é terceiro turno", disse ela; "Nas eleições de 2014, houve primeiro turno e houve segundo turno. Um terceiro turno seria ruptura da ordem democrática e não creio que a sociedade brasileira esteja disposta a aceitar uma ruptura"; ela confirmou, ainda, que amanhã deve se encontrar com o ex-presidente Lula em São Paulo; ela também afirmou que o Brasil voltará a crescer antes do fim do ano
Depois de sancionar a lei que transforma em crime hediondo o feminicídio, a presidente Dilma Rousseff falou sobre os movimentos de grupos oposicionistas, que desejam seu impeachment.
"Impeachment está na lei. Agora, uma coisa é impeachment, outra coisa é terceiro turno", disse ela.
"Nas eleições de 2014, houve primeiro turno e houve segundo turno. Um terceiro turno seria ruptura da ordem democrática e não creio que a sociedade brasileira esteja disposta a aceitar uma ruptura."
Ela confirmou, ainda, que amanhã deve se encontrar com o ex-presidente Lula em São Paulo.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:
Dilma considera protestos naturais, mas não aceita pedidos de impeachment
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg
A presidenta Dilma Rousseff considerou naturais de uma país democrático os protestos contra ela e o governo ocorridos ontem (8), mas disse que não há razões para que o conteúdo dessas manifestações sejam pedidos de impeachment. “Aqui [no Brasil] as pessoas podem se manifestar. Eu sou de uma época em que se a gente se manifestasse, acabava na cadeia, podia ser torturado ou morto. Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação. O que nós não podemos aceitar é a violência”, declarou em entrevista a jornalistas.
Enquanto o pronunciamento de Dilma à Nação era exibido, em cadeia nacional de rádio e TV, houve manifestações em diversas capitais do país, nas formas de panelaço e buzinaço. Pelas mídias sociais, foram registrados protestos desse tipo em regiões de Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba.
"Acho que há que caracterizar as razões para impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer a não ser que você queira ruptura democrática. Se se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas”, destacou a presidenta.
Ela disse que quem convocar protestos pode organizar do jeito que quiser. “Ela [manifestação] vai ter as características que tiverem seus convocadores; agora, ela em si não representa nem a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem a democracia.”
Dilma falou ainda sobre o quadro econômico e previu a volta do crescimento antes do fim do ano. Leia, abaixo, reportagem da Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que até o fim do ano o Brasil voltará a ter "um certo crescimento", mas afirmou ser necessário "amainar conflitos", pois o país está passando por uma fase aprofundada da crise econômica.
"Acho que até o final deste ano nós voltamos a ter um certo crescimento. É isso que nós esperamos. Vamos ter um esforço agora para ser compensado depois. Essa é a condição em qualquer hipótese", disse Dilma a jornalistas, no Palácio do Planalto.
Sobre a legitimidade de manifestação prevista para 15 de março pedindo o impeachment da presidente, ela disse ser necessário caracterizar razões para isso, e não um terceiro turno da eleição.
Um dia após fazer pronunciamento em cadeia nacional que foi alvo de panelaço e vaias, a presidente afirmou que manifestação não representa nem a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem a democracia.
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