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Às vezes é preciso recorrer à História para que percebamos a importância estratégica do Paraná na geopolítica brasileira. Voltemos a 1894, na cidade da Lapa, onde forças republicanas e legalistas, os pica-paus, resistiram heroicamente 26 dias à ofensiva militar dos maragatos (os federalistas) que tentavam derrubar a nascente República. Os defensores não tinham munição nem homens suficientes para conter os atacantes. O tempo de resistência foi imprescindível para que o presidente Marechal Floriano Peixoto reunisse força para combater os golpistas de antanho.
Outro episódio histórico, agora em 1930, também passou pelo no Paraná: a revolução comandada por Getúlio Vargas, que pôs fim à República Velha, rompeu com o modelo agrário e semi-escravista para iniciar o processo de industrialização do país. O comboio getulista permanecera estacionado no município de Ponta Grossa, Campos Gerais, à medida que as tropas revolucionárias avançavam rumo a São Paulo.
Nos dois fatos acima, o Paraná teve participação preponderante e decisiva. No primeiro, conteve o avanço de golpistas contra a República. No segundo, 36 anos depois, deu passagem para o sepultamento da envelhecida República.
Novamente, em 2015, o Paraná se posiciona contra golpismo contra a presidenta Dilma Rousseff (PT). Armou uma trincheira anti-PSDB em todos os 399 municípios.
Surge aqui no estado um movimento pelo impeachment do governador Beto Richa (PSDB). Mesmo que legalmente não prospere o impedimento, a pressão das ruas serve como antídoto para o tapetão tucano e a palavra de ordem pelo retorno dos militares ao poder.
O movimento de massas paranaense assusta o tucanato local e nacional, pois, de acordo com o próprio senador Aécio Neves (PSDB-MG), em contato com o governador Beto Richa (PSDB), pode atrapalhar em todo o país as manifestações de 15 de março contra Dilma.
Até mesmo a greve dos caminhoneiros estancou-se por aqui, na região Sul. Os bloqueios de rodovias estão agora restritos ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pois, não consegue avançar para outros estados. Perdeu força porque se trata de um locaute (paralisação organizada por empresas), que afeta o suprimento dos cidadãos e a economia das localidades. Trata-se de um movimento contra Dilma, organizado por forças ligadas ao PSDB e setores do empresariado e do agronegócio mais atrasados.
A questão do pedágio cuja tarifa é a maior do país, permitida por Beto Richa, arrefece o ânimo do protesto dos caminhoneiros contra Dilma. Pelo contrário. Várias carretas foram vistas nas estradas com a inscrição “Fora Richa”. Além disso, conjunturalmente, o governador tucano aplicou nos paranaenses tarifaços no IPVA, no ICMS de 95 mil produtos e nas contas de água e luz.
A greve dos educadores entrou hoje no vigésimo dia, sem que o tucano consiga sair dela. As manifestações de professores e funcionários de escolas transformaram em pó, em um mês, a musculatura que Richa conquistou na reeleição. Outras categorias do serviço público também estão paralisadas, enfim, o modelo do PSDB é o modelo do próprio inferno no Paraná e ninguém quer essa maldade para os brasileiros. Nem para o mais ferrenho inimigo.
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