DILMA: FUNCIONÁRIO FOI CORRUPTO, NÃO PETROBRAS

Portal Plantão Brasil
20/2/2015 12:55

DILMA: FUNCIONÁRIO FOI CORRUPTO, NÃO PETROBRAS

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875 visitas - Fonte: Brasil 247

A presidente Dilma Rousseff disse, nesta sexta (20), que os casos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato não podem ser creditadas às empresas, mas sim a funcionários que praticaram as irregularidades; "Nós iremos tratar as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário gerar emprego e renda no Brasil. Isso não significa de maneira nenhuma ser conivente ou apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer. Eu não vou tratar o Petrobras como a Petrobras tendo praticado malfeitos. Quem praticou malfeitos foram os funcionários da Petrobras, que vão ter que pagar por isso" afirmou; Dilma também cutucou o ex-presidente FHC; "Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção", disse; ex-funcionário da Petrobras, Pedro Barusco afirmou, em delação, que começou a receber propina em 1997



A presidente Dilma Rousseff procurou nesta sexta-feira (20) isentar as empresas dos "malfeitos" investigados pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, dizendo que foram cometidos por funcionários e que o governo trata dessa questão considerando a necessidade de geração de empregos e renda.



Ela também afirmou que se casos suspeitos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB, já na década de 1990, o esquema descoberto pela operação Lava Jato que envolve a estatal não ocorreria.



"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção", disse ela.



O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirmou, em delação premiada, que começou a receber propina da SBM Offshore, uma fornecedora da petrolífera, em 1997, ainda durante o governo FHC. Barusco disse à PF que abriu uma conta na Suíça no final da década de 1990 para receber as remessas ilegais de dinheiro da SBM, que, segundo ele, totalizaram US$ 22 milhões até 2010.



Dilma disse também que os esquemas de corrupção agora são investigados. "Hoje nós demos um passo e para esse passo devemos olhar e valorizar. Não tem 'engavetador da República', não tem controle da Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E isso significa que o Ministério Público e a Justiça e todos os órgãos do Judiciário que o que está havendo no Brasil é o processo de investigação como nunca foi feito antes."



Abaixo matéria da Agência Reuters:



Dilma: "malfeitos" investigados na Lava Jato foram feitos por funcionários, não empresas



BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff procurou nesta sexta-feira isentar as empresas dos "malfeitos" investigados pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, dizendo que foram cometidos por funcionários e que o governo trata dessa questão considerando a necessidade de geração de empregos e renda.



Questionada sobre a possibilidade das empresas envolvidas nas investigações fecharem um acordo de leniência com o governo para manter seus contratos de obras públicas e não serem declaradas inidôneas, Dilma disse que não cabia a ela comentar essa possibilidade.



Um ministro do governo disse à Reuters na quinta-feira, sob condição de anonimato, que já há consultas informais de algumas empresas sobre um possível acordo de leniência.



"O que o governo fará é tudo dentro da legalidade. Nós iremos tratar as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário criar emprego e gerar renda no Brasil", disse a presidente na primeira conversa com jornalistas desde que assumiu o segundo mandato.



"Isso não significa, de maneira alguma ser conivente, ou apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer", acrescentou a presidente.



A presidente citou especificamente a Petrobras, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção envolvendo funcionários, empreiteiras e políticos. Para Dilma, a empresa não pode ser tratada como se tivesse cometido irregularidades, que foram praticadas por funcionários seus.



"Os donos das empresas ou os acionistas das empresas serão investigados, porque a empresa não é ente que esteja desvinculado de ser acionistas", disse.



"Eu não vou, por exemplo, tratar a Petrobras como a Petrobras tendo praticado malfeitos, quem praticou malfeitos foram funcionários da Petrobras que vão ter de pagar por isso", disse a petista.



IR



A presidente disse ainda que o governo vai propor novamente ao Congresso a atualização da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 4,5 por cento. Essa será a terceira vez que o governo propõe esse patamar de reajuste.



Na última tentativa, o Congresso alterou o percentual para 6,5 por cento e Dilma vetou a mudança. O veto será analisado pelos parlamentares nas próximas semanas.



Dilma disse que se o veto for derrubado vai lamentar. "Sinto muito", disse.





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