1054 visitas - Fonte: Jornal GGN
O jornal Valor Econômico publicou nesta segunda-feira (9) que a senadora Marta Suplicy, do PT, é procurada pelo PSB, sigla do ex-presidenciável Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no litoral paulista durante a última disputa presidencial. Marta vem dando sinais de que quer mudar de partido para disputar a prefeitura de São Paulo em 2016. Nesse cenário, o PSB ofereceria a legenda à petista, que concorreria contra Fernando Haddad, atual prefeito, entre outros postulantes.
O articulador dessa aliança é o vice-governador de São Paulo e presidente estadual do PSB, Márcio França, que atual, de acordo com o Valor, com aval do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano, que tem pretensões presidenciais em 2018, estaria de olho em dificultar o caminho para potenciais concorrentes internos, como o senador José Serra (PSDB).
A matemática é simples: Marta pensou em ir ao PMDB, mas Haddad se aproximou de Gabriel Chalita e deve colocar o novo secretário de Educação como seu candidato a vice em 2016, enterrando uma chapa majoritária do PMDB e fechando as portas para Marta. No PSB, que é um partido que caminha com o PSDB no plano estadual há anos, Marta polarizaria a disputa contando com a boa vontade de Alckmin nos bastidores, "especialmente se o candidato do PSDB ao cargo for um nome ligado ao senador José Serra". O candidato de Serra derrotado daria certa folga à Alckmin na briga - que ainda conta com Aécio Neves - dentro do próprio partido para ser o próximo presidenciável.
Para o PSB, Marta seria um bom quadro, com potencial para entregar ao partido a prefeitura da Capital paulista, o maior colégio eleitoral do País. Por enquanto, o PSB detém, de destacável, as prefeituras de Belo Horizonte e Recife.
O obstáculo à negociação será Marta sair do PT sem perder o mandato. A petista terá de provar que foi perseguida dentro da própria legenda, para migrar sem ferir a lei de fidelidade partidária. Por outro lado, o PT vem tentando abrir diálogo com a ex-prefeitura, a ponto de indicar que ela pode ser a candidata a governadora de 2018. Mas a senadora vem dizendo em diversas entrevistas que está cansada de confiar nas promessas de caciques petistas e, no final, ser preterida em eleições para cargos do Executivo.
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