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Termina nesta sexta-feira (6) o prazo de adesão de investidores interessados em participar, nos Estados Unidos, da class action - ação popular coletiva de perdas financeiras contra a Petrobras.
O advogado André de Almeida, coautor da ação com o escritório americano Wolf Popper, disse hoje, em nota, que "a Petrobras terá momento processual adequado para se defender das alegações associadas à má governança corporativa e suspeitas de fraudes".
A assessoria de imprensa do escritório Almeida Advogados informou que a expectativa é que a ação corra no prazo de até dois anos, na Corte Sul do Distrito de Nova York, onde o juiz da causa, Judge Rakoff, deverá unir todos os pleitos formulados, iniciando, então, a fase judicial do processo.
Podem participar da class action quaisquer investidores, brasileiros ou estrangeiros, que tenham adquirido ações da Petrobras nos Estados Unidos, conhecidas como ADRs (sigla, em inglês, de American Depositary Receiptes).
Na petição que será entregue ainda hoje à Justiça norte-americana constam casos de aposentados brasileiros que perderam, respectivamente, US$ 1,5 milhão e US$ 638 mil. De acordo com a nota divulgada por André de Almeida, esses investidores "não são tubarões de mercado, grandes e suspeitos bancos ou aparelhados fundos de pensão. São real people (pessoas de verdade), que perderam real money (dinheiro de verdade)".
A ideia é mostrar à Justiça dos Estados Unidos que a má governança corporativa da Petrobras afetou toda a sociedade na qual está inserida, e que os fatos deflagrados pela Operação Lava Jato, iniciada em março do ano passado, prejudicaram os investidores da empresa.
Os escritórios Wolf Popper e Almeida Advogados listaram uma série de fatos envolvendo a Petrobras, entre 2010 e 2014, que provocaram a deterioração dos negócios da companhia e prejuízo para seus acionistas. Eles pedem indenização para os investidores "que acreditaram em seu plano de negócios [da Petrobras] e em suas declarações públicas ao mercado".
São réus na ação, além da própria Petrobras, membros da diretoria da estatal, incluindo a ex-presidenta Graça Foster, e bancos brasileiros e estrangeiros que participaram da emissão de títulos da dívida da empresa em Nova York.
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