1305 visitas - Fonte: Jornal GGN
A Folha de S. Paulo de hoje (5) traz matéria sobre as caixas d’água que deveriam ter sido entregues no ano passado pelo governador Geraldo Alckmin e não foram. De acordo com o jornal, esse tipo de reservatório tem uma capacidade que vai de 1,5 a 20 milhões de litros de água. Dos 21 equipamentos que deveriam ter entrado em operação “ao longo de 2014”, apenas sete foram entregues. A reportagem não tem destaque na capa do impresso, só aparece na terceira página do caderno Cotidiano, mas está lá, criticando o não cumprimento da meta.
Reservatório com capacidade para 10 milhões de litros, que deve ser entregue em março em Barueri
Em meio ao agravamento da mais grave crise hídrica da Grande São Paulo, a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) entregou apenas um terço das "caixas-d'água gigantes" previstas para o ano passado.
Esse reservatório metálico, com capacidade que varia de 1,5 milhão a 20 milhões de litros de água, têm como objetivo ampliar a capacidade de abastecimento e evitar intermitências na distribuição nos bairros atendidos, em especial nas periferias.
Divulgado no início do ano passado, o Relatório de Sustentabilidade de 2013 da Sabesp, companhia estadual de água, previa que 21 desses equipamentos entrariam em operação, gradativamente, "ao longo de 2014".
O documento afirmava que os equipamentos de armazenamento, com capacidade somada de 177 milhões de litros, seriam instalados em 12 municípios da região metropolitana de São Paulo.
Até o momento, contudo, segundo a empresa estatal, foram concluídas só sete dessas "caixas-d'água gigantes".
Elas foram instaladas em quatro cidades: capital (quatro), São Bernardo, Diadema e Itapecerica da Serra.
Segundo o professor titular de hidrologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Tucci, os reservatórios são essenciais em bairros altos ou distantes das represas.
Cheios, garantem a pressão necessária para que a água atinja esses domicílios.
"Se não fosse por isso [pelos reservatório], a água levaria muito tempo para chegar até aquela localidade."
Segundo ele, em um eventual rodízio de água, os reservatórios metálicos garantiriam que a população atendida tivesse o abastecimento dentro dos horários estipulados pelo governo paulista.
De acordo com a Sabesp, está em estudo para este ano um "rodízio pesado" de cinco dias de torneiras secas por semana. O governo ainda avalia se adotará a medida e qual será o modelo de restrição.
Até março, a empresa estatal prevê a conclusão de oito reservatórios metálicos, entre eles um em Osasco, que atenderia bairros como Jardim Conceição, Jardim Bussocaba City, Jardim Novo Osasco, entre outros.
Segundo a Prefeitura de Osasco, desde o ano passado, a população desses bairros têm reclamado sobre problemas de abastecimento.
"A falta de água tem sido constante", reclama Raquel Navi Silva, 49 anos, funcionária de uma escola municipal.
OUTRO LADO
Procurada pela Folha, a Sabesp afirmou que as informações do Relatório de Sustentabilidade 2013 foram produzidas com base em dados daquele ano. Segundo ela, no ano passado, houve ajustes de prazos e números.
A empresa de água e saneamento informou que a previsão atual, anunciada em novembro pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), é de concluir 29 reservatórios metálicos, com capacidade somada de 235 milhões de litros, até o final deste ano.
Ao todo, de acordo com a nova previsão da empresa, 15 cidades da Grande São Paulo serão contempladas.
O investimento total é de R$ 169 milhões e a previsão é de que ele amplie o armazenamento de água em 10% na região metropolitana de São Paulo.
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