956 visitas - Fonte: Brasil 247
Deputado do PMDB, eleito presidente da Casa com "vitória arrasadora" nesse domingo, "é adversário da democratização da mídia, da proibição de financiamento de campanha por empresas privadas e outras medidas progressistas", ressalta Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; enquanto no Senado a vitória de Renan Calheiros com margem folgada "mostra que a Casa continua um local de refúgio para o Planalto proteger seus interesses", a votação na Câmara, onde o petista Arlindo Chinaglia foi incapaz de chegar ao segundo turno, aponta para um governo "de mãos atadas"; PML diz ainda que, "do ponto de vista do cidadão, a vitória de Cunha tira espaço para mudanças essenciais para o país"
Ao vencer em primeiro turno a presidência da Câmara por 267 votos a 136 do petista Arlindo Chinaglia, o deputado Eduardo Cunha, do PMDB, "deu um golpe duro na agenda de medidas progressistas que o País debateu nos últimos anos", avalia Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília. O peemedebista "é adversário da democratização da mídia, da proibição de financiamento de campanha por empresas privadas e outras medidas progressistas", destaca o jornalista.
A "vitória arrasadora", diz ainda PML, "mostra o vigor do espírito anti-governo no Congresso". O colunista pontua que, enquanto no Senado a vitória de Renan Calheiros (PMDB-AL) com margem folgada ante o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) "mostra que a Casa continua um local de refúgio para o Planalto proteger seus interesses", a votação na Câmara aponta para um governo "de mãos atadas".
Na opinião do colunista, "do ponto de vista do cidadão, a vitória de Cunha tira espaço para mudanças essenciais para o país" e "pode colocar a Câmara numa trilha conservadora com poucos antecedentes em sua história". Segundo ele, "para o governo Dilma Rousseff, a vitória de Eduardo Cunha não poderia ocorrer num momento pior" – que antecede as denúncias contra políticos envolvidos na Lava Jato.
"O tempo irá dizer como um Congresso com este perfil, à direita, irá conviver com um país que tem dado sinais à esquerda, como se viu na reta final eleição presidencial. Não custa observar que as urnas de 2015 repetiram o mesmo comportamento de três eleições presidenciais anteriores", constata Paulo Moreira Leite.
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