701 visitas - Fonte: Jornal Gnn
Há um ano, a Sabesp já propunha um rodízio no fornecimento de água. Seriam 48 horas com e 24 horas sem, somente nas áreas abastecidas pelo Cantareira. Se tivesse sido adotado, o racionamento poderia ter garantido uma economia de 4,2 mil litros por segundo, 120 bilhões de litros em todo o ano de 2014. É muita coisa, 12,3% da capacidade total do manancial, mais do que os 105 bilhões de litros da segunda cota do volume morto. Mas o governador Geraldo Alckmin vetou.
A proposta foi detalhada em um documento, “Rodízio do Sistema Cantareira 2014”, e entregue em janeiro ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE). Ali, a Sabesp afirmava: “O rodízio deve ser planejado em face da situação crítica de armazenamento nos mananciais”.
A justificativa do governador para rejeitar o projeto é que ele era “tecnicamente inadequado”. Na visão de Alckmin, o pacote de medidas que incluía a redução da pressão, bônus na conta e transferência entre sistemas, equivaleria a um racionamento de 36 por 72.
A solução, no entanto, não deu resultados. Os 23% de capacidade do Cantareira no início da crise hoje são 23% negativos. A chuva não veio no volume esperado. E o rodízio agora será drástico: dois dias com água e cinco sem.
Antes da crise, a Sabesp retirava do Cantareira 29 mil litros de água por segundo. Em janeiro, o volume caiu para 14,7 mil litros. A previsão é que caia mais, pra 12 ou até 10 mil litros.
Ontem, quarta-feira (28), a Sabesp enviou nota à imprensa afirmando “As medidas adotadas pela companhia desde o início da crise garantiram uma redução no consumo de água na região do Cantareira muito superior aos 4,2mil litros por segundo previstos no rodízio”.
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