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Poucos dias depois da marcha em defesa da liberdade e contra o terror (com a presença de Benjamin Netanyahu), a França expôs suas contradições; o comediante francês Dieudonné, conhecido por suas críticas ao judaísmo, foi preso ao comentar em seu Facebook que se sente como Charlie Coulibaly (sobrenome de um dos terroristas); em sua defesa, Dieudonné disse que seu humor não difere do feito pelo Charlie, que estimulava preconceito contra muçulmanos
Após convocar uma marcha pela liberdade e contra o terror, com a presença de líderes mundiais como o israelense Benjamin Netanyahu, o governo francês expõe suas contradições ao mandar prender o comediante francês Dieudonné.
O humorista, conhecido por suas críticas ao judaísmo, foi interpelado em sua casa, em frente aos seus filhos, por ordem do primeiro-ministro Bernard Cazeneuve, sobre a acusação de incitar o terrorismo nas redes sociais.
No Facebook, ele comentou que se sente como Charlie Coulibaly (sobrenome de um dos terroristas): "Após essa marcha histórica, digo mais... lendária! Um momento mágico como o Big Bang que criou o universo! ...ou em um grau mais local, comparável à coroação de Vercingétorix [rei gaulês da antiguidade], eu enfim entro em casa. Sabe que essa noite, no que me diz respeito, eu me sinto como Charlie Coulibaly", escreveu.
Em sua defesa, Dieudonné disse que seu humor não difere do feito pelo Charlie, que estimulava preconceito contra muçulmanos
No ano passado, o comediante foi alvo de outra ação do governo de François Hollande, em ofício pedindo para que todas as prefeituras cancelassem seus shows de stand-up.
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