2722 visitas - Fonte: Brasil 247
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que fez questão de estar presente à posse de praticamente todos os novos ministros, incluindo Joaquim Levy, da Fazenda, ontem, e Armando Monteiro, do Desenvolvimento, hoje, tem levado uma mensagem clara: a entidade será 'irredutível' com qualquer proposta que signifique aumento de impostos para o setor produtivo; um dos pontos que preocupam a Fiesp é a possível volta da CPMF (ainda que com outra roupagem), sugerida pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro; em 2007, foi Skaf quem liderou a cruzada no Congresso contra a volta do imposto do cheque; outra preocupação é a volta das greves, como a dos metalúrgicos, no ABC, em razão das demissões na indústria
O possível aumento de impostos para o setor produtivo, no pacote de ajuste fiscal que será anunciado pelo ministro Joaquim Levy, empossado ontem na Fazenda, encontrará um paredão na indústria: Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
Nesta semana, ele praticamente se mudou para Brasília e fez questão de estar presente às posses de todos os ministros. Levou apoio e um voto de confiança, mas também uma mensagem que já foi discutida internamente, na diretoria da Fiesp: a entidade será "irredutível" – essa é a palavra de Skaf – contra qualquer tentativa de aumento de impostos na economia.
Ontem, Skaf participou da posse de Joaquim Levy, que prometeu ajuste e acenou com aumentos de impostos e o fim das desonerações fiscais. Hoje, ele irá à de Armando Monteiro, do Desenvolvimento, que é visto pelos empresários como um possível contraponto à tesoura de Levy.
Outro ponto que preocupa – e muito – a Fiesp é a possível da volta da CPMF, sugerida, hoje, em entrevista, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. Para quem não se lembra, foi Skaf, em 2007, quem liderou a cruzada, no Congresso, contra a prorrogação da CPMF.
As desonerações e a crise nas montadoras
As demissões na indústria automobilística – ontem foram 800 cortes na Volks e 244 na Mercedes-Benz – são outro ponto importante da agenda da Fiesp. Para os empresários, elas são consequência direta do fim da política de desonerações fiscais no IPI, que terminou em 31 de dezembro e que, com Levy, não tem a menor possibilidade de retornar, no curto prazo.
O que a Fiesp quer impedir é que as indústrias, já em crise, sofram com novos aumentos tributários, como a volta da CPMF e o fim da desoneração na folha de pagamentos.
Chega a ser impressionante. Desde que o Mais Médicos foi anunciado por volta de julho do ano passado, dificilmente passamos 24 horas inteiras sem ler, ouvir ou mesmo presenciar pelo menos um relato de atitude anti-ética, criminosa e revanchista dos coxinhas de jaleco.
Abaixo, listo várias dessas denúncias, recentes e antigas - e chegou um ponto que eu tive que parar de enumerá-las, porque eram muitas e a coisa não ia ter fim. Aí você entende porque o meme que vem junto com esse texto é até hoje o de mais sucesso da história da Memes messiânicos (passou dos 14 mil compartilhamentos só aqui em ago/13, mas foi roubado por páginas grandes, como a HumorTadela, chegando a mais de 20 mil compartilhamentos).
De quebra, entende também porque entre todos os grupos reacionários derrotados na eleição presidencial de 2014 - família Setúbal, família Marinho, meganhas, pastores evangélicos antipetistas, olavetes, leitores da Veja, etc - o que mais me deu prazer de ver se danando foi mesmo no fatídico dia 26/10 foi o grupo dos corporativistas de jaleco, aqueles que acham que ganhar 10 mil reais por mês é pouco, acham que pobre é reserva de mercado e fazem cu doce para medida que sugere dois anos obrigatórios de trabalho no SUS para recém-formados.
Quem gosta de pobre é assistente social. Médico gosta é de dinheiro!
------------------------------------------------------------------------------
