1977 visitas - Fonte: Tijolaço
Finalmente um temporal veio dar um pequeno alívio à dramática situação da água em São Paulo.
Que segue dramática.
Mas ontem registrou-se a terceira maior afluência de água do ano no principal sistema de abastecimento dos paulistanos.
Quase 4 bilhões de litros de água, ou cinco dias do que vinham baixando, em média, os reservatórios.
Melhor, a afluência generosa deve continuar por mais dois ou três dias.
Mas, infelizmente, nem de longe o suficiente para o nível dos reservatórios “sair da lama”.
Continuam na “segunda cota do volume morto”, com 7% dela, apenas.
Ou 21,5% a menos do que o “zero”, descontado o bombeamento.
Dezembro, apesar deste “presente de Natal” tem tido chuvas que, embora fartas, ainda estão ligeiramente abaixo das médias históricas.
Tem sido assim em todo o Sudeste, também nas bacias dos rios onde se situa o maior conjunto de hidrelétricas.
Que devem fechar o mês em torno de 90% da vazão mais comum nos meses de dezembro, pouco para recuperar o mês de outubro extremamente seco.
Os problemas, se isso persistir, não serão agora, mas serão ainda mais graves no ano que vem.
Mas muito longe do que a “urubologia” catastrofista de Miriam Leitão previa, com a ajuda de “especialistas”.
(…)o risco é o de que se chegue ao fim do ano com apenas 10% de água nos reservatórios, o que seria uma situação “desesperadora” e forçaria um racionamento mais drástico.
O ano vai terminar perto de 20% no armazenamento hidrelétrico do Sudeste, não de dez por cento. É a “margem de erro”…
Mas isso é bom?
Não, é ruim, bem ruim.
Tão ruim que deveria repugnar a qualquer um fazer demagogia com o assunto.
Tão imbecil quanto gritar “estamos salvos!” com um temporal é bradar “estamos perdidos!” a cada problema.
Uma coisa é certa, e os ambientalistas precisam considerar isso: se não fizermos represas – claro que reduzindo ao máximo os danos ambientas, que sempre existem – estamos condenados a queimar petróleo para ter energia.
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