1658 visitas - Fonte: Tijolaço
Leio na internet que o ministro da Justiça resolveu acordar da soneca que vem tirando há meses (para não dizer anos) e rebateu acusações contra seu partido.
É uma resposta ainda meio sonolenta, fraquinha, de quem perdeu a prática.
Mas só o fato de responder, porém, já é uma boa novidade.
É chato assistir a uma partida de box em que um dos lutadores só apanha, sem reagir.
O ministro provavelmente resolveu sair de seu confortável silêncio porque o governo identificou, nos vazamentos ilegais e seletivos da Operação Lava Jato, a tentativa de macular a campanha da presidenta. E isso é perigoso, sobretudo no momento em que as contas da presidenta e do PT estão em mãos exatamente do cabo eleitoral da oposição no Judiciário: Gilmar Mendes.
Aliás, o processo que o PT decidiu mover contra Aécio, por causa daquela entrevista em que o tucano diz ter perdido a eleição para uma “organização criminosa”, caiu nas mãos de… Gilmar Mendes.
Por isso eu reitero que o PT jamais deveria terceirar a luta para o judiciário.
Quem faz isso é o cidadão comum, que não tem obrigação de fazer política.
O PT é um partido político. Esta é sua razão de ser, para isso recebe, legalmente, recursos públicos e privados: para fazer a disputa democrática de ideias e projetos, defender a si mesmo e atacar seus adversários.
Sua luta deve ser dar na política, não no Judiciário.
As falas do ministro foram as seguintes:
“As delações permitem uma pauta de investigação, para verificar se aquilo que falam é fato ou não, mas o que temos visto é que com base nesses depoimentos estão surgindo teses absolutamente inverossímeis e absurdas a partir de coisas sequer ditas pelos delatores”.
“De onde se tira que teve dinheiro para a campanha da presidente Dilma? É uma tese sem amparo nenhum nas delações. Não teve dinheiro para campanha da Dilma. De onde se tira a ideia de que a doação chegou próxima do Planalto?”
“Não estão satisfeitos com o resultado eleitoral e querem fazer disso um revanchismo. Querem ganhar no tapetão o que perderam nas urnas, por razões de frustração eleitoral.”
Parabéns pela coragem de abrir a boca, ministro.
Só esperamos que não amarele na primeira tréplica da mídia.
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