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Em Fortaleza, na reunião do Diretório Nacional do PT, a presidente Dilma Rousseff afirmou que oposição age como golpistas, que não "perdoam por estar tanto tempo fora do poder". Disse mais, em seu discurso defendeu a aproximação com movimentos sociais e que os partidos que a apoiaram terão seu lugar no governo. A presidente deu destaque para a última notícia de que o desmatamento da Amazônica estava fora de controle, o que foi desmentido pelo Greenpeace, em seu site, e não foi desmentido nos jornais que levantaram a lebre. Por fim, disse que o governo não é dela, mas do pt, dos partidos, dos movimentos sociais, dos eleitores que votaram nela ou não. Leia a matéria de O Globo.
Presidente defende aproximação com movimentos sociais para receber sugestões, em reunião do Diretório Nacional do PT
POR SIMONE IGLESIAS, ENVIADA ESPECIAL, E THAYS LAVOR, ESPECIAL PARA O GLOBO
FORTALEZA - Ao discursar na reunião do Diretório Nacional do PT, ontem à noite, Dilma Rousseff afirmou que seu governo não é propriedade dela, mas dos partidos que a apoiaram e de todos os brasileiros, que votaram ou não nela. Mas a presidente não foi condescendente com a oposição, a quem acusou de golpista:
— Esses golpistas que hoje têm essa característica, eles não nos perdoam por estar tanto tempo fora do poder. Temos que tratar isso com tranquilidade e serenidade, não podemos cair em nenhuma provocação e não faremos radicalismo gratuito, pois temos a responsabilidade de governar.
Ainda lembrando a campanha eleitoral, Dilma disse que “a verdade venceu a mentira” porque dados divulgados agora estão mostrando que seu governo estava certo.
— Sobre o desmatamento, diziam que tinha perdido o controle e teríamos uma elevação significativa da taxa. Foi uma falsidade, porque esta semana se divulgou que caiu 18% em relação a 2013. Falavam que a inflação estava fora do controle, acontece que agora os últimos dados mostram que vai acabar abaixo da meta — disse Dilma, ressaltando, porém, que não está satisfeita com taxas apenas um pouco abaixo do teto da meta e que fará “imenso esforço” para reduzir a inflação, porque é a população quem paga por ela.
A presidente fez afagos ao PT e aos aliados:
— O governo não é um governo meu, não guardo o governo abraçadinha nele. O governo é dos partidos, do PT, dos partidos da nossa aliança. Temos uma coalizão, temos uma coligação de partidos e o governo é dos movimentos sociais e dos que votaram em mim e não votaram.
Em sinalização ao diálogo, afirmou que ao Congresso Nacional caberá o protagonismo das discussões da reforma política, apesar de manter a defesa de que a proposta passe por análise da população. Ela defendeu ainda a aproximação com os movimentos sociais.
— Temos que olhar os movimentos sociais; sobretudo nós, temos que ouvi-los. Numa sociedade democrática, o Congresso é fundamental, mas é na nossa relação com os movimentos sociais que recebemos as sugestões da parte organizada da população — afirmou Dilma.
A presidente disse, também, que todos os partidos que a apoiaram na campanha da reeleição, estarão no seu governo, com cargos e perspectiva de discutir políticas públicas.
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