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Foi a partir dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff que os órgãos de fiscalização e controle conquistaram autonomia para investigar as denúncias de corrupção, afirmou o senador Aníbal Diniz (PT-AC), da tribuna do Senado, nesta segunda-feira (17). Somente com a valorização de instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal ocorrida a partir de 2003, destacou o senador, “o País passou a ter mecanismos de controle e de transparência pública e a consequente possibilidade de fazer com que os atos [ilegais] sejam descobertos com muito mais facilidade”.
Aníbal Diniz chamou a atenção para o fato, inédito na história do Brasil, de executivos e presidentes de grande empreiteiras serem conduzidos para a cadeia, em resposta ao longo discurso (maia de uma hora) do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que, sem novidades a acrescentar, a não ser a derrota nas urnas, ocupou a tribuna para repetir o que o senador petista classificou como “a velha cantilena dos adversários do PT”, que faz pouco caso da memória dos brasileiros ao tentar construir a versão de que a corrupção no Brasil foi institucionalizada a partir dos governos Lula e Dilma Rousseff.
A verdade é bem outra. Em governos passados, a Polícia Federal nunca chegava aos peixes graúdos dos seguidos escândalos que balançaram os oito anos em que o PSDB ocupou a Presidência da República. “Não podemos dizer o mesmo dos governos do PSDB”, afirmou Aníbal. Quando não foi a Polícia Federal a ser manietada, foi o Poder Legislativo, apontou. Reclamar de supostos obstáculos que o governo federal e o PT teriam criado nas duas CPIs que tratam da Petrobras no Congresso, para o senador petista, é esquecer o que acontece nos estados onde o PSDB é governo.
“Quantas CPIs foram abertas no Governo Alckmin, em São Paulo, onde o PSDB tem maioria na Assembleia Legislativa?”, perguntou Aníbal, referindo-se ao estrangulamento do Poder Legislativo estadual, por meio de distribuição de verbas e cargos na administração do governo, que sistematicamente aborta as tentativas de apuração de irregularidades no estado. A lista é quilométrica, a começar pelo escândalo do Metrô. Para o senador petista, esse caso não credencia as forças políticas que hoje tentam surfar sobre os desvios de verbas na Petrobras, descobertos pela Polícia Federal.
O senador petista destacou ainda a postura dos governos Lula e Dilma, que jamais interferiram em investigações levadas a cabo pelos órgãos de estado. O mesmo, infelizmente, não se pode dizer do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando os diretores da Polícia Federal daquele período, diante de casos que envolviam poderosos, eram chamados para despachar na Presidência da República – e a impunidade se fortalecia. “Aqueles que praticam qualquer ato em desacordo com a legislação, que desviam recursos públicos, que se locupletam, têm que responder por isso de acordo com a legislação vigente”, reiterou Aníbal. “O que não vamos aceitar é o discurso de que o PT é o patrocinador da corrupção. No caso da Petrobras, por exemplo, praticamente todas as pessoas envolvidas são funcionários de carreira da empresa. Elas não entraram na Petrobras com o PT”.
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