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Desde sexta-feira, dia 14 de novembro, a Polícia Federal vem executando mandados referentes à sétima etapa da Operação Lava Jato que investiga a Petrobras.
A operação levou à prisão dezenas de pessoas. Entre elas altos executivos de grandes empreiteiras nacionais.
À primeira vista uma ação a ser comemorada. Muitos o fizeram. Afinal, é o que diz a imprensa, a oposição (de direita e de esquerda) e, até, o governo petista.
Pela primeira vez na história do país... Financiadores das campanhas de PSDB e PT... Corruptores na cadeia. Empresários da especulação imobiliária na prisão, alegram-se alguns. Mas isso não passa de uma confusão que só serve à burguesia.
Por trás do entusiasmo da oposição e da imprensa e da confusão da esquerda pequeno-burguesa com a ação da PF estão interesses muito distantes dos interesses da população.
A começar pelo desejo incontestável de privatizar completamente a Petrobras e o petróleo nacional. Em segundo lugar o golpismo contra o governo de Frente Popular.
Em meio ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras está uma disputa internacional pelo petróleo. O Brasil está no meio dessa disputa dispondo de uma riqueza que ainda sequer foi totalmente calculada, o pré-sal.
Seria muito ingênuo acreditar que o imperialismo que é capaz inventar guerras e invadir países (como fez com Iraque) pelo controle do petróleo não seja capaz de intervir na política local em nome da mesma disputa.
A empresa estatal é um colosso do ponto de vista das riquezas que é capaz de produzir. Nesse aspecto a Petrobras é um entrave aos interesses do imperialismo. Porque embora esteja parcialmente privatizada, grande parte dos seus lucros não é repassado aos cofres do capital financeiro internacional. E serve para alguma autonomia do país frente ao imperialismo.
Com a destruição da Petrobras viria outro ganho para o imperialismo, a derrubada do governo de Frente Popular. Com isso os planos de “ajuste” poderiam ser aplicados a ferro e fogo contra a classe trabalhadora no Brasil.
O PT capitula diante desses ataques. Não se defende e não é capaz de defender o país.
É preciso que a classe trabalhadora coloque nas ruas as suas próprias reivindicações diante dos casos de corrupção e do levante da direita contra a Petrobras e o governo. A defesa do controle operário da Petrobras, a defesa do petróleo nacional e a mobilização contra a direita golpista.
Nesse sentido os petroleiros são um setor chave na luta que se abre na atual etapa política. Em defesa do seu emprego e do petróleo, uma riqueza nacional, unir forças e mobilizar todos os trabalhadores contra os ataque da direita e do imperialismo.
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