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Editorial do jornal Valor Econômico, que pertence às famílias Frias e Marinho, publicado nesta terça afirma que "Efeitos políticos e econômicos da Lava-Jato são imprevisíveis".
Segundo o texto, todas as forças políticas brasileiras podem ser atingidas. "PT e PMDB, os dois partidos com maior bancada no Congresso - mas não só eles - estariam diretamente envolvidos como beneficiários das propinas de 3% pagas pelas maiores empreiteiras. A fila de executivos convocados a depor pela Polícia Federal ou a buscar a delação premiada deve ser facilmente suplantada em número pela dos deputados e senadores que se beneficiaram do esquema parasitário montado na Petrobras", diz o editorial.
A crise, no entanto, não se restringe à base governista. "Os desdobramentos da Lava-Jato se seguem a uma campanha eleitoral radicalizada, cujos ânimos não se dissiparam depois de fechadas as urnas e contados os votos. A tentação da oposição em alvejar o Palácio do Planalto com o escândalo na Petrobras não é pequena, mas pode estar sendo contida pela ignorância dos alcances últimos das denúncias sobre os partidos. No caso de financiamento de campanha eleitoral, quase todas as legendas têm telhado de vidro."
O texto antecipa até uma possível crise econômica. "Uma das dimensões da Lava-Jato foi desenhada pelo presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. Se as empreiteiras acusadas forem consideradas "inidôneas", não haverá mais como realizar obras no país. O expediente que TCU e Petrobras defendem é a correção dos contratos, não sua anulação. Mas o escândalo tornou-se tão grande que alguma resposta institucional positiva terá de sair como resultado das investigação."
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