7715 visitas - Fonte: palavrasdiversas
Lista de Furnas seria oelo que une Aécio Neves e Eduardo Cunha na oposição ao plebiscito da reforma política? [clique na imagem para ampliar]
O Jornal O Dia publicou matéria sobre o envio da proposta da reforma política do governo para a Congresso.
O diário carioca intitula a matéria afirmando que a “bola” agora está com os congressistas.
Nesta publicação Aécio Neves, senador pelo PSDB, e Eduardo Cunha, deputado federal pelo PMDB afirmam que o plebiscito não “cola” e que não apoiam a ideia de ouvir o que a sociedade brasileira tem a dizer sobre o assunto, ou decidir os rumos da política nacional, combatendo, desde o nascedouro, a corrupção e as estratosféricas cifras de campanha.
Mas o que será que une Aécio Neves e Eduardo Cunha nesta cruzada contra o plebiscito da reforma política?
Por que a ojeriza em relação a participação popular na discussão de soluções emergentes na política?
Afirmar, pura e simplesmente, que 90 dias são insuficientes para que todo o processo se complete e já passe a valer para 2014, é no mínimo mentiroso.
O Congresso, quando quer, e deu recentes provas disso, consegue colocar em pauta e decidir questões complexas em menos tempo.
O momento não é oportuno? Penso que é por demais, aliás, em recente pesquisa do Datafolha, a população colocou-se ao lado de Dilma ao apoiar a proposta de reforma de política através de um plebiscito. Oras, há interesse popular e vontade política do governo. Mas por que expressivos grupos no Congresso ignoram esta oportunidade histórica?
Seria a lista de Furnas o elo que une Aécio Neves e Eduardo Cunha na oposição às mudanças urgentes?
O escandaloso esquema de caixa dois operacionalizado por Marcos Valério, com recursos não contabilizados em campanhas de políticos de diversos partidos em 2002?
Aécio Neves, então candidato a governador de Minas Gerais, teria recebido R$5,5 milhões em repasses diretos para sua campanha.
Eduardo Cunha, R$100 mil.
O PSDB liderou, disparado, como o partido mais beneficiado pelos recursos de caixa dois do esquema criminoso, conforme gráfico abaixo.
PSDB foi o maior beneficiário do esquema de caixa dois, também conhecido como Valerioduto
Este seria o indício de que tanto o senador mineiro e postulante a presidência da república e o deputado federal do Rio de Janeiro, trabalham para enterrar a proposta do plebiscito para permitir que escândalos como este continuem obtendo êxitos? Ou seja sem serem descobertos, ou quando o forem, serem “esquecidos” e manterem impunes seus beneficiários?
Atuam, coordenadamente, em causa própria e de seus partidos e principalmente, para derrotar a sugestão do executivo de que doações de pessoas jurídicas e pessoas físicas sejam limitadas ou que as campanhas recebam recursos unicamente oriundos de financiamento público?
Não querem fechar a bica da corrupção, por que se valem deste expediente?
Não se interessam pela democratização dos pleitos e oportunidades iguais para todos os candidatos debaterem com o eleitor?
O fato é que a objeção a uma consulta popular, desmascara estes dois personagens e tantos outros mais que se opõe a proposta e põe em xeque, principalmente para Aécio Neves e suas pretensões políticas, suas imagens de políticos supostamente éticos e moralmente responsáveis…
As questões acima são de fáceis respostas.
E você, caro leitor, não desconfia da boa vontade da imprensa, a Globo como ponta de lança, com os que agora são contrários a ouvir a voz das ruas? Por que será que importantes grupos midiáticos não deram, propositalmente, a devida importância para o maior escândalo de caixa dois da história eleitoral brasileira e hoje também se apresentam como opositores ao plebiscito?
Follow @ThiagoResiste
APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!
Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.