Líderes da base aliada querem mais uma semana para discutir PEC do Orçamento

Portal Plantão Brasil
4/11/2014 13:04

Líderes da base aliada querem mais uma semana para discutir PEC do Orçamento

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377 visitas - Fonte: Agência Brasil

O tom da reunião entre o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ricardo Berzoini, e líderes da base aliada na Câmara reproduziu o esforço que o governo vem fazendo nas últimas semanas. O recado é para que governistas tentem segurar votações em plenário de matérias que causem impacto nas contas públicas.



“O governo não tem condições de mexer agora no orçamento. A orientação foi segurar para não aumentar despesas. A redução da meta é bem-vinda”, disse Nelson Marquezelli (PTB-SP). Ele defende um avanço nas negociações para votar o Projeto de Lei 7.735/14, que estabelece regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro e tranca a pauta do plenário por tramitar em regime de urgência.



Líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS) salientou que a prioridade é tentar um consenso entre aliados para priorizar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta de 23,5% para 24,5% o repasse de recursos da União para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Fontana também pedirá prioridade para a matéria ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), antes da reunião do Colégio de Líderes, marcada para 16h. Neste mesmo encontro, o governo tentará conseguir mais tempo para votar a PEC do Orçamento Impositivo.



“Queremos mais uma semana de negociação para os destaques, com previsão de dois aumentos de investimento em saúde. Um foi negociado no Senado, com a participação do governo, enquanto o outro é da oposição, que reivindica aumento ainda maior para a área. Todos queremos o maior possível, mas isso de ser feito passo a passo, de acordo com a possibilidade real”, explicou o líder.



Semana passada, o governo intensificou os esforços para amenizar as tensões com o Congresso. O primeiro a se reunir com o presidente da Câmara para evitar a votação de matérias que gerem despesas foi o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ele pediu cautela e informações sobre o que será votado. Dias depois, o ministro Berzoini assumiu a missão.



Enquanto os ministros negociam, as lideranças governistas descartam preocupação ou movimentação pela disputa da presidência da Câmara. No Planalto, a mensagem é de tranquilidade. Berzoini não acredita que este seja o momento de se dedicar à disputa. No Congresso, o líder Henrique Fontana tem o mesmo sentimento. O assunto ainda é precoce para ser cristalizado. É natural uma candidatura posta, que é a do Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Outras surgirão. É cedo para dizer quais serão", afirmou.



Henrique Eduardo Alves deixa o cargo em fevereiro. A escolha do novo presidente ocorrerá com a base aliada insatisfeita. Antes das eleições, os insatisfeitos começaram a se manifestar contra propostas definidas como prioritárias pelo Planalto. Recentemente, reclamaram das alianças com adversários em alguns estados.



Tradicionalmente, o cargo é ocupado pelo partido de maior bancada. Por isso, nos últimos anos o revezamento ficou entre PT e PMDB. Líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha é um dos nomes cotados para disputar a presidência na próxima legislatura.



Cunha lidera um grupo informal denominado blocão. É formado por parlamentares aliados, mas insatisfeitos com as relações com o governo. Nas últimas semanas, o peemedebista tentou apoio à candidatura e à formação de bloco com maior independência em relação às votações da Câmara. Hoje (4), ele terá novo encontro para tratar da pauta e da campanha. "Para ser candidato temos de construir uma candidatura. Vou tentar isso com o máximo de partidos possíveis. Não adianta ter vontade de ser e a Casa não querer”, ressaltou.



O líder peemedebista participará do jantar que o vice-presidente da República, Michel Temer, oferecerá hoje à noite, no Palácio Jaburu, a deputados, senadores, ministros e dirigentes do PMDB. Pela manhã, assinalou que não está preocupado com reações do governo à sua candidatura. Acrescentou não acreditar que Temer utilize o jantar para tentar sua desistência. "Nossa relação não ficará abalada. Temos uma ligação de muitos anos. Perderá quem apostar que sairemos do processo brigados", concluiu.





Carol Gonçalves

Repórter da Agência Brasil/ Rádio Nacional

Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

61.8124-1374/ 9653-8514



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