338 visitas - Fonte: Tijolaço
São os últimos dias: acabou-se a temporada de bruscas oscilações no ânimo das bolsas e da especulação financeira.
Acabou-se porque, exceto para os transtornados, acabaram-se as eleições.
Com elas, o terrorismo econômico que vivemos, por meses a fio, que encontrou terreno fértil nos problemas econômicos reais, provocados pelas dificuldades mundiais e, também, pelas internas, sobretudo o preço da energia.
A alta da inflação, este mês, encontra seu ponto de virada, ajudada pela volta das chuvas que vai reduzir – ou já está reduzindo – preços de produtos suscetíveis à seca. Dificilmente teremos “inflação do tomate” de volta até fevereiro, quando as previsões são para chuvas abaixo do normal, ao contrário de novembro, dezembro e janeiro.
Os reajustes contratuais – a começar pelo do aluguel – serão contidos pelo seu maior indexador. o IGP-M, que não deve chegar perto dos 4% no ano ano fechado.
O reajuste de preço da gasolina, aliviado pela queda do preço do barril no mercado internacional e com menos pressão da alta do dólar, deve ser extremamente moderado, com menor pressão sobre preços internos.
É obvio que o Governo Dilma, na escolha do Ministro da Fazenda, fará movimentos para aumentar esse processo de “tá calminho, agora” do mercado.
Não haverá “boom” econômico, mas estaremos no caminho inverso daquele “é o fim do Brasil” apregoado pelos picaretas do mercado que você viu na internet, leu nos jornais e teve de aturar na campanha eleitoral.
O povão, muito mais esperto que os experts da economia, já percebeu isso.
E o resultado está na pesquisa de expectativas do consumidor divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria, que você vê lá em cima.
A política, lentamente, vai começar a se adequar à economia.
Exceto para os estúpidos.
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