Estadão, pede voto para Aécio

Portal Plantão Brasil
26/10/2014 12:08

Estadão, pede voto para Aécio

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Na foto acima Fernão Lara Mesquita (herdeiro do Estadão ), a placa que ele segura foi escrita pelo dono da Joven Pan-Tutina



O jornal “Estado de S. Paulo” declara neste domingo, dia de eleição presidencial, a defesa pelo voto no presidenciável tucano Aécio Neves. Segundo a publicação da família Mesquita, é o vota pela reconciliação nacional contra a ameaça que representaria a permanência de Dilma Rousseff no poder, o caminho “para fazer germinar a cizânia social”.



O PT transformou-se numa enorme máquina que, para permanecer no poder, se aliou àqueles que antes combatia ferozmente como inimigos do povo. E, nessa linha, não tem o menor escrúpulo de focar sua ação, tanto na vida partidária como no exercício do poder, tão somente naquilo que rende votos. O discurso petista, do qual Lula é o principal mentor e melhor exemplo, tem três matrizes: dizer exclusivamente o que as pessoas desejam ouvir; quando na defensiva, assumir o papel de vítima; e, na ofensiva, tratar os adversários como inimigos a serem destruídos.



Em sua defesa, o PT não pode nem mais alegar que a mudança de rota em relação ao curso originalmente traçado ocorreu por imposição das circunstâncias e da necessidade de garantir com pragmatismo a governabilidade em benefício dos despossuídos. A tal história dos fins que justificam os meios.



Esse argumento desmorona quando todos os indicadores sociais e econômicos revelam que os últimos quatro anos de governo petista, sob o comando de Dilma Rousseff, significaram retrocesso. O Brasil está hoje muito pior do que quando a atual candidata à reeleição assumiu o poder.







Nessas circunstâncias, manipular importantes realizações petistas dos últimos 12 anos - pois é claro que existem, principalmente na área social - como se fossem obras do incompetente governo Dilma é um dos embustes a que o marketing eleitoral companheiro recorreu durante a atual campanha. Mas a peça de resistência da campanha eleitoral petista é aquela estocada no departamento dos recursos escusos. Primeiro, a tentativa - que contra Marina Silva deu certo no primeiro turno - de destruir a imagem do adversário com ataques infames e mentirosos. A tática foi insistentemente repetida agora contra Aécio Neves.



O mais infame da campanha lulopetista, no entanto, é o discurso em que os dirigentes do partido, imitando Lula, se especializaram: a instigação do conflito social, colocando "nós" contra "eles", e situando o PT como o último bastião de resistência do povo oprimido contra a ambição desmedida e a insensibilidade das "elites".



Qual o sentido de Lula declarar, desnudando sua natureza, que ao "agredir as mulheres" nos debates eleitorais Aécio Neves demonstrou que é capaz também de "pisar nos pobres"? Ou ao classificar o candidato tucano de "filhinho de papai"? E de equiparar seus adversários eleitorais a nazistas? É assim que se dissemina o ódio entre pessoas que deveriam, civilizadamente, apenas expor firmemente suas divergências programáticas com adversários políticos.



Quando a divergência se transforma em ódio, o caminho está aberto para o agravamento de tensões sociais e elas podem se tornar explosivas.

Hoje, cada brasileiro tem a oportunidade de conter essa ameaça, votando no candidato que se propõe - e está credenciado para a tarefa - a reconciliar o Brasil consigo mesmo: Aécio Neves.



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