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A "bala de prata" de Veja contra a presidente Dilma Rousseff, classificada como "peça de propaganda" pelo Tribunal Superior Eleitoral (leia aqui), pode produzir novos desdobramentos eleitorais. O motivo: o prédio onde fica a sede da Abril, na Marginal Pinheiros, foi alvo de um ataque na sexta-feira. Com isso, a empresa, que publicou uma denúncia sem provas contra a presidente Dilma, tende a se vitimizar.
A pichação da Abril foi condenada pela própria presidente Dilma Rousseff, alvo de Veja, durante ato de campanha em Porto Alegre (RS). "Lamento qualquer ato de vandalismo. Não concordo. Repudio todas as formas de violência como resposta e discussão política. Isso é uma barbárie, não deve ocorrer. Deve ser proibido. Só podemos aceitar atos pacíficos. Não se faz um país civilizado dessa forma", afirmou a presidente.
No entanto, ela também condenou o que classificou como "golpismo" da revista Veja. “Eu quero aqui manifestar meu repúdio a esse tipo de processo, que é um processo golpístico. Quero dizer que eu tenho uma vida inteira que demonstra o meu repúdio à corrupção. Eu não compactuo com a corrupção, eu nunca compactuei. Quero que provem que eu compactuei com a corrupção e não esse tipo de situação em que se insinua e não tem prova. Nesse caso da Petrobras, ou qualquer outro, que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo, doa a quem doer. Quero dizer que não vai ficar pedra sobre pedra.”
Seu adversário, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), também reagiu. "Nós assistimos ontem e hoje um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão. Os manifestantes não atingem aquele veículo, atingem o que nós temos de mais valioso que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso: das manifestações. E as contrárias têm que ser respeitadas", disse Aécio.
A reportagem de Veja foi uma fraude jornalística. Às vésperas de uma eleição presidencial, a revista acusa sem provas quem vinha liderando a corrida. No entanto, é impossível prever como esse fato novo será explorado até o momento da votação.
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