914 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual
O cientista político e analista Paulo Vannuchi ressalta a "coincidência" entre os números trazidos pelas pesquisas Vox Populi e Datafolha (Dilma com 52% e Aécio com 48%, nos votos válidos) e afirma: "O resultado dessas pesquisas não podia ser pior para Aécio", disse o comentarista hoje (21) na Rádio Brasil Atual.
Para sustentar a afirmativa, Vanucchi destaca quatro fatores que compõem o panorama negativo para Aécio Neves nessa reta final: o crescimento das intenções de votos em Dilma no Sudeste; aumento da rejeição do tucano; a aprovação crescente do governo (movimentos captados pelos últimos levantamentos) e o tempo reduzido para o candidato tucano na busca por reverter tal quadro.
O foco da campanha de Dilma em São Paulo, cumprindo agenda quase diária, estimulou a militância e resultou em ampla diminuição da diferença registrada por Dilma no primeiro turno frente aos candidatos Marina e Aécio.
O crescimento da rejeição do candidato do PSDB estaria relacionado, segundo o cientista político, a falta de austeridade que inspira a figura de Aécio, conhecido por "noitadas e badalações" no Rio de Janeiro.
Sobre a aprovação do governo, que registrou 42% de ótimo/bom na pesquisa Datafolha, Vanucchi afirma que “desde que começou a campanha no rádio e TV, em 19 de agosto, a aprovação do governo vai crescendo” e “quase invertendo, em algumas pesquisas, aquilo que aconteceu depois de junho do ano passado”, se referindo às grandes manifestações de 2013, quando a popularidade de toda a classe política, incluindo a presidenta, foi ao chão.
Por fim, o analista acredita na dificuldade de Aécio em reverter tal quadro negativo devido ao tempo limitado até a votação de 26 de outubro e alerta para eventuais "armações" em conchavo com setores da mídia tradicional e Poder Judiciário, mas acredita na militância em favor de Dilma que “é capaz de igualar e superar o alinhamento das televisões, rádios, jornais e revistas com Aécio”, aponta Vanucchi, citando como exemplo dois grandes atos realizados ontem (20), com jovens ligados à cultura urbana, na Zona Leste de São Paulo e ainda o ato realizado no Tuca, teatro da PUC de São Paulo, que reuniu lideranças como Gilberto Maringoni, candidato derrotado do Psol ao governo paulista, o ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral e o ex-ministro do governo FHC, Luiz Carlos Bresser-Pereira.
Segundo Paulo Vanucchi, o que está em jogo é a disputa de dois projetos: "um está na rota certa e tem eventuais erros e equívocos e o outro é a ‘contra-rota’, a ideia de voltar atrás, ao neoliberalismo, ‘tudo para os bancos’, terceirização, flexibilização de direitos dos trabalhadores, atração de capitais estrangeiros – sobretudo norte-americanos – a qualquer custo."
Ouça o comentário na íntegra:
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