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O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, conhecido por defender clientes de peso no cenário político brasileiro, criticou a decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato de divulgar os depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef a duas semanas da eleição.
Segundo ele, Costa e Youssef firmaram acordos de delação com o Ministério Público e existe a obrigatoriedade de manter o sigilo sobre essas delações: “Na prática, abriu-se o conteúdo dos depoimentos prestados sob o segredo da delação. A diferença é que o juiz não permitiu que fossem mencionados todos os nomes. Parece brincadeira. Aqui, tem segredo. Aqui, é tudo aberto. Isso se chama instrumentalização. É muito grave. A poucos dias da eleição, as consequências são gravíssimas.”
Ele, que representava Alberto Youssef num habeas corpus que pedia no Superior Tribunal de Justiça a anulação da Operação Lava Jato, diz que Moro virou “o grande eleitor da sucessão de 2014”.
“O doutor Sérgio Moro é candidato potencial a uma vaga de ministro do STF. E, do jeito que a coisa vai, pode ser indicado se o Aécio Neves virar presidente da República”, ironiza Kakay, segundo nota de Josias de Souza.
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