1453 visitas - Fonte: Tijolaço
Triste constatar isso, mas Roberto Amaral, presidente do PSB, está para ser defenestrado pela Globo, que publicou inúmeros artigos extremamente agressivos contra o político.
A cúpula do PSB pernambucano, envolvida num mensalão junto com o PSDB, assumiu seu lado coronelista.
Discute-se o futuro da legenda não em linha com sua história política e ideológica, não em função do interesse nacional, mas seguindo o que a família de Campos quer.
E não se acusa Amaral de nada, apenas de ser “ligado ao PT”.
Ora, o PSB foi aliado do PT desde sua fundação. Participou dos governos Lula e Dilma.
Amaral foi ministro do governo Lula?
Sim.
Eduardo Campos também, e por mais tempo e com um peso maior.
A relação de Eduardo Campos com o governo do PT, que até então se pensava programática (e se revelou, mais tarde, oportunista) rendeu à Pernambuco um grande aporte de recursos federais.
A ligação do PSB com o PSDB é recente, e contradiz totalmente o programa e a história do partido.
E não sou eu que falo, é o próprio Roberto Amaral, hoje, que desabafa na imprensa:
“Quando o Partido Socialista Brasileiro teve a oportunidade de avançar, de se preparar para construir uma proposta de socialismo para o século 21, ele optou pelo patriarcalismo, ou, se quisermos, pelo coronelismo”, disse em entrevista ao “Estado de S. Paulo”.
Minoria na sigla, Amaral deve deixar a direção do partido no próximo dia 13, dia da eleição da Executiva. Carlos Siqueira, que hoje ocupa a primeira-secretaria do PSB, é apontado como o favorito para assumir a direção, com o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, como primeiro vice-presidente.
“Essa é uma característica da classe dominante pernambucana. Mesmo quando o engenho vai à falência e o filho do dono do senhor de engenho vai morar em Boa Viagem [avenida em área nobre de Recife], ele continua ideologicamente senhor de engenho”, declarou Amaral.
Assista ao vídeo: