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O coordenador da campanha do PSDB à Presidência da República, o empresário Wilson Nélio Brumer, um dos responsáveis na equipe de notáveis encarregada de elaborar o plano de governo para a área energética do candidato tucano Aécio Neves, é acusado de, na sua atividade empresarial, ter dado um calote de R$ 160 milhões na praça e de ter direcionado nos últimos anos grande volume de dinheiro para os chamados paraísos fiscais.
Ao lado do parceiro no negócios, Luiz Carlos Martins, que trabalha atualmente no comitê de campanha do candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, ele teria se valido da Probank S/A e de outras empresas de fachadas para fazer a operação que resultou no rombo milionário.
A Probank cresceu ganhando diversas licitações junto aos Tribunais Regionais Eleitorais de todo o País para organizar as eleições eletrônicas no país, mas entrou em processo de falência.
Um perito contratado pelo juiz de Falência e Recuperação Judicial de Belo Horizonte, descobriu que os sócios simplesmente sumiram com o capital e o patrimônio da empresa, deixando evidências de que a falência teria sido fraudulenta.
Em função das suspeitas levantadas, unidades de inteligências financeiras (espécies de Coafs da Europa) foram acionadas pela Justiça e conseguiram rastrear e localizar o dinheiro. Segundo a apuração dos especialistas, ele foi para as Ilhas Virgens Britânicas. Um paraíso fiscal que ganhou fama depois que se descobriu que era lá que Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-diretor do Banco do Brasil), Verônica Serra (filha do ex-governador de São Paulo, José Serra) entre outros “Privatas do Caribe”, como esse esquema já amplamente denunciado ficou conhecido, amoitavam a dinheirama surrupiada das privatizações.
Empresário experiente, Brumer presidiu a Usiminas e outras estatais, como a Vale e a Acesita, e teve importante papel no processo de privatização ocorrido durante o governo FHC.
Ele foi ainda secretário de Desenvolvimento Econômico no governo de Aécio Neves, em Minas Gerais, e atualmente desempenha também o papel de cabo eleitoral, enviando cartas ao empresariado com o intuito de angariar votos para o candidato tucano.
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