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Aécio Neves (PSDB) já criticou o que chamou de "bolsa-empresário" numa referência a empréstimos com juros subsidiados; já Marina Silva (PSB) afirmou que o BNDES "deu R$ 500 bilhões a meia dúzia de empresários falidos"; presidente Dilma saiu em defesa da instituição: "O BNDES não é um banco qualquer. É uma leviandade tratá-lo como ele tem sido tratado nessa campanha. Essa política das campeãs nacionais é um factóide. Nós temos então 783 campeãs nacionais entre as 1.000 maiores?", rebateu
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, saiu nesta segunda-feira em defesa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e partiu para o ataque contra os principais rivais na disputa --Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB)-- pelas críticas feitas contra o BNDES.
Antes de participar de um comício em um bairro da periferia de São Paulo, Dilma disse a jornalistas que os rivais tratam o BNDES com "leviandade" e negou a chamada "política de campeãs nacionais", que seria adotada pelo banco.
"O BNDES não é um banco qualquer. É uma leviandade tratá-lo como ele tem sido tratado nessa campanha", disparou a presidente, que classificou como "uma temeridade" querer reduzir o papel e o tamanho dos bancos públicos no Brasil.
Aécio já criticou o que chamou de "bolsa-empresário" numa referência a empréstimos com juros subsidiados feitos pelo banco de fomento a algumas companhias, segundo ele, "escolhidas" pelo governo.
Já Marina afirmou que o BNDES "deu 500 bilhões de reais a meia dúzia de empresários falidos".
O BNDES escolheu alguns setores da economia --como infraestrutura, alimentos, óleo e gás, papel e celulose e telefonia-- para priorizar empresas desses segmentos na concessão de empréstimos, com vistas a melhorar a competitividade delas no Brasil e no exterior, com o objetivo de garantir empregos no Brasil.
Críticos dizem que a estratégia do BNDES desprotegia pequenas e médias empresas, que deveriam ser seu objetivo principal, e poderia colocar em risco a estabilidade fiscal do país dado os grandes volumes de repasses do Tesouro ao banco.
Nesta segunda, Dilma negou a existência dessa política, que ficou conhecida como "política de campeãs nacionais" e afirmou que, das 1.000 maiores empresas do Brasil, 783 têm financiamento do BNDES.
"Essa política das campeãs nacionais é um factóide. Nós temos então 783 campeãs nacionais entre as 1.000 maiores?", rebateu a presidente.
"Um factóide para carimbar no BNDES algo que não deve ser carimbado, que é que o BNDES privilegia esse ou aquele. O banco não faz isso. É, inclusive uma desvalorização de um patrimônio do Brasil."
Ao se referir a Aécio e Marina, Dilma disse que "um fala em reduzir o tamanho do BNDES e o outro em diminuir o papel dos bancos públicos" e defendeu a função dessas instituições no financiamento de programas como o Minha Casa, Minha Vida.
"A preços de mercado, você não consegue garantir muitas oportunidades", disse Dilma, afirmando ainda que o BNDES é o terceiro maior banco de desenvolvimento do mundo, tem as menores taxas de inadimplência entre os três maiores e é uma instituição que dá lucro.
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