Marina, o Mata-Pau

Portal Plantão Brasil
25/9/2014 08:54

Marina, o Mata-Pau

0 0 0 0

513 visitas - Fonte: Tijolaço

Poucas pessoas deixam tão evidentes, em tão pouco tempo, sua natureza desagregadora.

Em pouco mais de um mês desde que foi alçada, na prática, líder do PSB – porque sua candidata presidencial -, Marina Silva já se prepara para esmagar todos os setores do partido que não estejam completamente submetidos a seu comando total.

É algo que vai além de julgar se melhores ou piores as posições dos grupos se se alinham em torno de Roberto Amaral – o futuro morto – e de Beto Albuquerque, um homem que fez carreira política com o apoio dos petistas Olívio Dutra,Tarso Genro e Lula.

Trata-se de ver que Marina, incapaz de controlar o PV e de formar seu próprio partido, a Rede, firmou um pacto com o grupo familiar pernambucano e seu vice para assumir o controle total do PSB, esmagando qualquer diversidade que tenha a pretensão de sobreviver no partido.

A família Campos, com todo o respeito que se possa ter pela dor de sua perda, não se vexa em tratar o PSB como uma herdade, sobre a qual teria o direito natural de manter o controle e fruir das vantagens políticas.

Roberto Amaral não é um louco e jogou a cartada da eleição partidária antes das eleições porque o frio da lâmina em seu pescoço era cada vez mais cortante.

E, quando Beto Albuquerque, candidato a vice e porta-voz de Marina e da família Campos nos “assuntos internos” do PSB anuncia de público que “apoiará uma candidatura de oposição” se Amaral não desistir da votação marcada, está deixando claro que já recebeu a ordem do “cortem-lhe a cabeça” da nova regente do PSB e do núcleo herdeiro.

Não é provável que Amaral consiga fazer a eleição interna ou, se a fizer, tenha de aceitar um acordo onde terá posição decorativa.

Vai ter o destino que Monteiro Lobeto, em seu antológico “O Mata-Pau” deu à pobre árvore que deu suporte “ao fiapo de planta”:

“Aquele fiapinho de planta, ali no gancho daquele cedro – continuou o cicerone, apontando com dedo e beiço uma parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos escorridos para o solo. – Começa assinzinho, meia dúzia de folhas piquiras; bota p’ra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai indo, sempre naquilo, nem p’ra mais nem p’ra menos, até que o fio alcança o chão. E vai então o fio vira raiz e pega a beber a sustância da terra. A parasita cria fôlego e cresce que nem embaúva. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel, passa a corda, passa a pau de caibro e acaba virando tronco de árvore e matando a mãe, como este guampudo aqui – concluiu, dando com o cabo do relho no meu mata-pau.”

Neste caso, o “fiapo de planta”, já vindo de outros troncos, foi turbinado pela fatalidade.



APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.



O Plantão Brasil é um site independente. Se você quer ajudar na luta contra o golpismo e por um Brasil melhor, compartilhe com seus amigos e em grupos de Facebook e WhatsApp. Quanto mais gente tiver acesso às informações, menos poder terá a manipulação da mídia golpista.


Últimas notícias

Notícias do Flamengo Notícias do Corinthians