Bornhausen é o Sarney da nova política

Portal Plantão Brasil
24/9/2014 13:56

Bornhausen é o Sarney da nova política

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640 visitas - Fonte: O cafezinho

A candidatura de Marina Silva, a preferida dos bancos, dos especuladores internacionais e dos fundamentalistas religiosos, vem perdendo apoio da juventude na velocidade de um jatinho fantasma.

Ontem, em Florianópolis, houve um duro protesto de jovens contra Marina Silva, em especial contra a sua aliança com os fundamentalistas, como o pastor Malafaia.



Malafaia, o maior símbolo da homofobia no país, tem sido um dos maiores entusiastas da campanha de Marina nas redes sociais, sobretudo depois que a candidata cedeu às suas ameaças e rasgou os capítulos de seu programa sobre a política gay.

É importante lembrar isso, porque jamais se viu algo parecido: horas depois de Malafaia fazer ameaças à candidata via Twitter, Marina declara, em marinês, que houve um “erro processual de editoração” na parte do programa que falava da política gay, e retirou os trechos do programa que incomodavam os fundamentalistas.

O twitter do Malafia é só pau na Dilma e beijos em Marina.





Mas eu queria falar de outra coisa.

Ontem, Marina postou a seguinte mensagem no twitter.







Ok, Marina.

Você é uma pura.

Uma santa.

Só se faz acompanhar com o “mió do mió” da política.

Como ontem, em Florianópolis, ao lado de Paulo Bornhausen, filho de Jorge Borhausen.







odavia, eu gostaria de saber em que os Bornhausen são melhores que os Sarney, os Renan e os Maluf?

Vamos lembrar aos leitores quem é Paulo Bornhausen.

Todos conhecem seu pai, Jorge Bornhausen, apoiador da ditadura, filiado à Arena, o partido oficial do regime militar, fundador do PFL, que depois virou DEM.

Bornhausen, o pai, ganhou muita notoriedade há alguns anos, quando se empolgou com uma das campanhas de mídia contra o PT e disse que estava feliz porque iam “acabar com essa raça por 30 anos”.

Mas deixemos o pai de lado, e falemos do filho, do novo aliado de Marina Silva, o candidato a senador Paulo Bornhausen.

Ninguém é culpado por ter o pai que tem.

Se Paulinho fosse um cara progressista, que sempre apoiou o social e o meio ambiente, então tudo bem. Seria um bom companheiro para a Marina, independente do pai que tivesse e do partido ao qual fosse filiado.

Acontece que Paulinho não tem uma história exatamente “sustentável”.

Até alguns anos atrás, ele era do DEM, a legenda mais identificada com a extrema-direita que temos no Brasil.

Não uma figura menor do partido.

Em 2010, Paulinho era o líder da bancada do DEM na Câmara dos Deputados.

Em maio de 2011, pouco antes de sair do partido e ir para o PSD, Paulo Bornhausen era o vice-presidente nacional do partido.

A principal “vitória” política de Paulo Bornhausen, que ele destaca com orgulho em seu próprio site, foi a campanha Xô CPMF. Belíssima vitória que derrubou um imposto que ia diretamente para a saúde. Eram cerca de R$ 40 bilhões por ano. Ou seja, de 2008, primeiro ano sem o imposto, até 2014, foram extraídos, do sistema público de saúde brasileiro, no mínimo R$ 240 bilhões.

Parabéns, Paulo!

Até pouco tempo atrás, Paulo Bornhausen era considerado como integrante do “núcleo duro” da bancada ruralista.

A trajetória política de Bornhausen é marcada pela guerra ao ambientalismo. Em 1997, ele conseguiu aprovar um projeto que, segundo a Folha, liberava o desmatamento da Mata Atlântica.





Em maio de 2010, Paulo Bornhausen assinou um artigo na Folha vociferando contra a decisão do governo de recriar a Telebrás e investir na banda larga. Sua defesa da privatização, contudo, é coerente com sua história e suas ideias.

Paulo Bornhausen sempre foi um homem de direita. Contra o povo, contra o meio ambiente, contra o trabalhador.

Agora é o candidato a senador apoiado por Marina Silva.

É o “Sarney” de Marina.

Na verdade, é ainda pior que Sarney. O maranhense tinha todos os vícios da velha política, mas foi um dos baluartes contra a tentativa de FHC de privatizar a Petrobrás.

Sarney está velho, vai se aposentar este ano e sua clã deve perder as eleições no Maranhão.

Paulo Bornhausen é jovem, está mais vivo e ambicioso do que nunca.

E os Bornhausen sempre defenderam as privatizações.

Eles, pai e filho, queriam privatizar a Petrobrás, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.

Em 1996, auge da era tucana, Paulo foi presidente da Comissão Especial da Privatização na Câmara dos Deputados.

Bornhausen pai era fascinado pela ideia de um “desmonte radical do Estado“.









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