Nova política ‘envelhece’ ao sabor de queda nas pesquisas

Portal Plantão Brasil
24/9/2014 11:31

Nova política ‘envelhece’ ao sabor de queda nas pesquisas

Há não muito tempo, Marina criticava aliança de seu partido com Alckmin em SP. Agora liberou até aparecer em ‘santinho’ ao lado do tucano

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534 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual

Na sexta feira (19), a candidata à presidência Marina Silva (PSB) causou confusão que por pouco não provocou o cancelamento da agenda em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. Quando Marina e seus correligionários chegaram à Praça da Matriz, a candidata não aceitou a presença de cartazes mostrando ela ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição em São Paulo. Um coordenador da campanha protestou e exigiu que o material com a imagem da candidata com o tucano fossem imediatamente retirados do local.



Depois de muita discussão e corre corre, os cartazes foram retirados e Marina subiu no palanque. Discursou para cerca de 200 pessoas, que de acordo com uma matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, foram mobilizados por um candidato a deputado da região, que se autointitula de "deputado da Marina". A Folha ainda lembrou que duas semanas antes, o ex-presidente Lula esteve no mesmo local com a presidente Dilma Rousseff para um comício que lotou a praça.



Hoje (23), de acordo com a colunista Mônica Bergamo, a candidata autoriza que os "santinhos" de sua campanha a serem distribuídos pelo PSB em São Paulo na reta final do primeiro turno incluam o nome do tucano Geraldo Alckmin, candidato à reeleição ao governo do estado. Marina se recusava a aparecer ao lado do governador tucano quando tinha dianteira folgada. Mas depois de sucessivas quedas nas pesquisas, inclusive no estado, recuou.



Em São Paulo, o PSB está coligado com o PSDB e indicou o deputado Márcio França, coordenador do comitê financeiro de Marina, para vice de Alckmin. A candidata do PSB condenava a aliança, recusava a fazer campanha ao lado do tucano e havia vetado propaganda que exibisse sua imagem e a de Alckmin juntos. Agora, liberou.



Em junho, quando sua chapa ainda era liderada por Eduardo Campos, ela havia dito em entrevistas que seu grupo político, a Rede, que não alcançou os requisitos para ter seu registro oficial como partido, não subiria "em hipótese alguma, no palanque do PSDB". Afirmara também que não apoiaria aliança entre o PSB e o governador de São Paulo. Queria uma candidatura própria no estado.



Agora, segundo comentários dos bastidores de campanha, essa posição de veto à candidatura tucana poderá ser revista, de olho nos votos do tucanato paulista que está há 20 anos no poder.



Outro recuo



O candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), afirmou que a presença do PMDB é fundamental para governar. “Ninguém governa sem o PMDB”. Isso depois de o vice- presidente, Michel Temer, afirmar que se o PSB ganhar o PMDB ficaria na oposição. Marina sempre criticou a aliança de sua adversária, Dilma Rousseff (PT), com quadros do PMDB. Ao que parece, nunca se sabe até quando vai a data de validade das teses propagadas por essa tal “nova política”.



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