495 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual
Caso as reivindicações salariais do Comando Nacional dos Bancários não sejam atendidas até o fim do mês, a categoria deve entrar em greve a partir do dia 30. De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, mesmo com as sete rodadas de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), empresários e bancários ainda não conseguiram acordo sobre pautas trabalhistas. Na última sexta-feira (19), os bancos apresentaram proposta de 7% de reajuste salarial – para inflação de 6,35% – e de 7,5% de aumento no piso. Os bancários, no entanto, consideraram a oferta insuficiente e seguem com o pedido de reajuste salarial de 12,5%.
“Só os seis maiores bancos tiveram um crescimento em seu lucro na ordem de 16,5%. Eles estão lucrando mais do que lucraram ano passado e o aumento real que estão propondo é de 0,6%. Para nós, esse é um aumento real bem aquém do que eles podem pagar”, argumenta Juvandia. Além do reajuste salarial, a categoria também pede aumento do valor de vale-refeição, vale-alimentação e de auxílio creche-babá. A presidenta do Sindicato dos Bancários ainda destaca que a pressão por resultados e a cobrança de metas abusivas por parte dos bancos têm provocado grande adoecimento dos trabalhadores e, por isso, esse é outro item da pauta de negociações.
A demissão de funcionários em bancos privados também têm preocupado a categoria. Uma das propostas trabalhistas é garantir estabilidade de emprego e reduzir a rotatividade de bancários em agências e cargos. “A campanha nos ajuda a resolver esse problema, mas também auxilia os clientes, porque, com mais trabalhadores na agência, o atendimento é melhor”, explica.
Juvandia afirma que a instalação de portas de segurança em todas as agências e o reforço da vigilância, reivindicações que ainda não foram atendidas pela Fenaban, beneficiarão tanto bancários quanto clientes, que também são vítimas de assaltos. “Neste ano, houve 32 mortes dentro de agência bancária ou por conta do saque na agência bancária. Essas medidas ajudarão, então, a reduzir a criminalidade e as mortes por saídas do banco.”
Atualmente, as negociações salariais abrangem 90% dos 500 mil bancários do país. Apesar do número alto de representantes da categoria na mesa do Comando Nacional dos Bancários, a presidenta do Sindicato reforça a necessidade de existir uma convenção coletiva nacional para que as reivindicações atendidas sejam aplicadas a toda a categoria. “Quando não há uma convenção coletiva nacional, eles tiram bancários de uma região para outra, para reduzir salários e direitos. Com a convenção, em qualquer região do país que você entrar no banco, você terá assegurados, no mínimo, piso salarial, vale refeição, vale alimentação, creche, plano de saúde”, ressalta Juvandia.
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