1386 visitas - Fonte: Tijolaço
O Estadão apareceu esta semana com uma denúncia bombástica.
Segundo matéria publicada há dois dias, os Correios abriram uma exceção para a campanha de Dilma enviar milhares de santinhos.
O texto dá a entender que não houve controle da quantidade postada, nem pagamento. E que Dilma foi a única beneficiada.
Um procurador do Ministério Público, hoje, com base nas matérias do Estadão, declarou que pedirá ao Tribunal de Contas da União para investigar o caso. E deu declarações duras:
A denúncia, como infelizmente já virou rotina na imprensa brasileira, sobretudo em período eleitoral, é um factóide.
Toda a acusação se baseia no fato dos Correios ter permitido o envio, pela campanha da Dilma, de correspondência “sem chancela”, ou seja, sem um determinado carimbo.
E que teria havido uma “exceção” beneficiando Dilma.
Mentira.
Em nota, Os Correios asseveram que não há exceção nenhuma. Neste mesmo ano eleitoral de 2014, os seguintes partidos receberam o mesmo tratamento da estatal: PSDB, PMDB, PT, PR, PROS, PTN, PP, PV, DEM, PT do B, PDT, PTN.
E qualquer partido ou campanha pode solicitar as condições de envio de correspondência nos moldes “denunciados” pela matéria.
Vivemos um país curioso.
O único pais do mundo em que o governo é censurado pela imprensa.
Isso é que é liberdade!
A resposta dos Correios aos questionamentos do Estadão foram ignoradas ou escondidas.
Segue a cartinha que os Correios enviaram ao Estadão:
Em relação à matéria “Correios entregam panfletos de Dilma em São Paulo sem registro de controle” (19/07), os Correios esclarecem que não houve nenhum tipo de beneficiamento de candidato específico, nem qualquer irregularidade na entrega de material de campanha eleitoral. A entrega do material citado foi paga à vista.
A entrega de material sem chancela é prevista nas normas dos Correios há vários anos. Neste ano, houve autorização para diversos partidos políticos e candidatos e também para micro e pequenas empresas de vários segmentos. Levantamento parcial demonstra que a entrega de material eleitoral nessas condições foi realizada para candidatos dos seguintes partidos: PSDB, PMDB, PT, PR, PROS, PTN, PP, PV, DEM, PT do B, PDT, PTN.
A falta de chancela não impede o controle da entrega, já que a verificação da quantidade de objetos ocorre no ato da postagem e os procedimentos operacionais seguem a prática da empresa para entrega de objetos sem registro, como cartas simples, por exemplo.
Todos esses dados foram fornecidos ao jornal, inclusive as normas detalhadas, mas, estranhamente, o Estado omitiu as informações.
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